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Após denúncia, Vigilância e Procon fazem apreensão de mais de 200 litros de álcool em fábrica no AC

Gerente da fábrica afirma que a empresa age dentro da legalidade e que o material apreendido para análise obedece os padrões exigidos pela Vigilância Sanitária

Uma denúncia sobre a produção irregular de álcool em gel resultou na apreensão de mais de 200 litros do insumo em uma fábrica de produtos de limpeza. A ação ocorreu nesta terça-feira (14) em Rio Branco.

O material apreendido foi encaminhado para a Polícia Civil do Acre e deve passar por perícia, onde será verificado se o álcool utilizado é o correto para a produção de álcool em gel para higienização das mãos.

À Rede Amazônica Acre, a supervisora de vendas da empresa, Bruna Lorrana, garantiu que a fábrica funciona legalmente com toda documentação necessária e que material apreendido para análise está dentro dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária.

A denúncia foi recebida na segunda (13) por uma equipe da Vigilância Sanitária de Sena Madureira, interior do Acre, que apreendeu frascos de álcool em gel com cheiro diferente em uma farmácia da cidade.

Nesta terça, equipes da Vigilância Sanitária do Acre, Ministério Público e Procon-AC foram até a fábrica, em Rio Branco, checar a suposta irregularidades na produção do álcool em gel.

A suspeita é de que a fábrica tenha utilizado mesmo o álcool da produção de álcool em gel para limpeza de ambientes na fabricação do produto para higienização das mãos.

denuncia 002 webMaterial apreendido passará por análise — Fotos: Divulgação Procon/AC

Segundo a Vigilância do Estado, a fábrica só tem autorização para produzir álcool em gel para limpeza de ambientes.

“A Vigilância de Sena Madureira pediu orientação após apreenderem um produto de álcool em gel com cheiro de gasolina. Muitas pessoas reclamaram, foram até a drogaria que fez a venda e fizeram a apreensão cautelar junto com o MP. Só que a promotoria de lá entrou em contato com a promotoria de Rio Branco para averiguamos a produção”, explicou o chefe do Núcleo de Serviços em Saúde da Vigilância do Acre, Advagner Prado.

Fiscalização

Por causa da pandemia do novo coronavírus que causou a falta de álcool em gel no mercado, Prado contou que há uma portaria específica na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que autoriza as fábricas a produzirem o material para suprir a demanda. Porém, é necessário autorização da Vigilância.

“Acho que houve um equívoco na interpretação da RDC, que antes de fazer esse procedimento de fabricação tinham que ter procurado a Vigilância Sanitária para terem a autorização. É um período provisório de 180 dias devido à pandemia, tendo em vista que não se tinha o material suficiente”, frisou.

Prado disse que o químico responsável estava no local, houve orientação e apreensão do material para análise. Ele falou também que não perceberam cheiro estranho no material apreendido em Rio Branco, porém, vai ser feita a análise do produto apreendido também no interior.

“São autorizados a fazer o material de limpeza, mas garantiram que não falaram para as pessoas que o que estavam comprando era para higienização das mãos. Vamos aguardar o resultado da perícia e caso dê alguma alteração não vai ser mais um problema sanitário e sim policial”, ressaltou.

A análise deve ser feita em 30 dias, segundo a Vigilância. Durante a espera, Prado falou que a fábrica pode continuar produzindo álcool em gel para limpeza de ambientes. Ele ressaltou que foi feito um boletim de ocorrência.

“Fizemos a apreensão do produto lacrado, acompanharam para verem que não tinha nenhuma violação. Até agora não identificamos irregularidades no produto que estava lá. A embalagem diz que é para desinfecção de ambientes, que deve ser usado com um pano. O que vimos não caracteriza um erro, mas tem essa situação de Sena Madureira”, concluiu.