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Após chuva de quase 30 milímetros, nível do Rio Acre sai da cota mínima histórica em Rio Branco

Após chuva de quase 30 milímetros, nível do Rio Acre sai da cota mínima histórica em Rio Branco

Manancial tinha batido mais uma cota recorde nesse domingo (2), com 1,25 metro, mas após chuva de 27,6 mm subiu 15 centímetros

O nível do Rio Acre segue em oscilação na capital acreana. Após o registro da primeira chuva do mês de outubro nesse domingo (2) de eleições, o manancial amanheceu com 1,40 metro nesta segunda-feira (3), segundo dados da Defesa Civil Municipal.

Apesar da leve alta de 15 centímetros, a seca continua em situação crítica em Rio Branco. Para se ter uma ideia, esse nível é menor que o registrado nos últimos três anos. Em 2019 e 2020, o rio estava com 1,86 metro no dia 3 de outubro e no ano passado estava com 1,48m.

Ainda conforme os dados, choveu cerca de 27,6 milímetros nesse domingo na capital. Durante o mês de setembro choveu somente duas vezes, acumulando um total de 78 milímetros, sendo que o esperado era de 95,5 milímetros.

A seca em Rio Branco vem batendo recordes desde o mês passado. Nesse domingo (2), o manancial e estava com 1,25 metro. Essa passou a ser a menor cota histórica desde o início do monitoramento da bacia na capital, que foi em 1971.

O manancial já bateu a menor marca quatro vezes este ano. A cota histórica era de 1,30 metro, registrada em 2016. Esse ano, o manancial marcou esse nível no dia 10 de setembro, depois seguiu em baixa até chegar a 1,25m.

As menores cotas já registradas são:

  • 1,30 metro - 17 de setembro de 2016
  • 1,29 metro - 11 de setembro de 2022
  • 1,27 metro - 28 de setembro de 2022
  • 1,26 metro - 29 de setembro de 2022
  • 1,25 metro - 2 de outubro de 2022

Operação

Os moradores que não são atendidos pelo serviço de água da capital acabam sofrendo ainda mais com a seca. São moradores de comunidades que têm acesso a poço e que, neste período, acabam sendo castigados pela escassez de água.

É por isso que a Defesa Civil usa carros-pipa para levar água potável para essas pessoas. O órgão municipal atende 23 comunidades rurais com o objetivo de amenizar os impactos.

“São milhares de pessoas atingidas, mas estamos com 23 comunidades, que dá em torno de 3,5 mil famílias e 14 mil ou mais pessoas e ainda temos 15 comunidades na fila pedindo socorro, então é muita gente atingida pela seca passando necessidades e estamos fazendo de tudo para amenizar os impactos”, disse o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o estado acreano registrou mais de 6,6 mil focos de queimadas nos 29 primeiros dias de setembro. O total de queimadas neste ano em todo o estado é de 9.727. Com esse número, o Acre tem o pior setembro de queimadas dos últimos 24 anos.