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Aos 63 anos, jornalista Naylor George morre em hospital de Rio Branco

Jornalista estava internado na UTI da Fundação Hospitalar do Acre há mais de 20 dias com diabetes e pneumonia. Corpo vai ser velado no Cemitério Morada da Paz

O jornalista e escritor Naylor George, de 63 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (18), na UTI da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), em Rio Branco. Ele estava internado com diabetes e pneumonia há mais de 20 dias.

A família do jornalista chegou a denunciar, no último dia 10, a falta de medicamentos e aparelhos na UTI da unidade de saúde. Na época, a direção da Fundhacre disse que não deixou de assistência ao paciente.

Naylor, um dos fundadores da Fundação Elias Mansour, sempre esteve envolvido, desde à década de 70, no cenário cultural acreano. Ele se formou em história em 1982 e, desde então, dedicou-se a escrever poesias e textos culturais nos jornais do estado.

Ele contabiliza mais de 10 mil textos publicados, além de ser membro da Academia Acreana de Letras, autor de ao menos seis livros.

O amigo Ivan de Castela lamentou a morte de Naylor e relembrou os momentos com o jornalista.

“Sempre foi uma pessoa muito presente, de opinião muito forte, sempre uma pessoa inteligentíssima. Nossa amizade sempre foi aqui, dentro da Fundação de Cultura, no movimento cultural. Nossa amizade sempre foi entrelaçada e costurada dentro dos meios do fazer cultural. Ele vivia e convivia com a arte, tanto no trabalho como em casa”, lembrou o amigo.

O corpo do jornalista vai ser velado na capela do Cemitério Morada da Paz, a partir das 9 horas desta quarta e o enterro está marcado para as 17 horas.

Emocionado, o filho do jornalista, George Naylor, falou sobre a perda e disse que vai ser difícil dar continuidade ao legado do pai. Ele afirmou ainda que deseja que a história do pai na cultura do estado sirva de exemplo para as futuras gerações.

“Continuo esse legado, mas é difícil, porque quem conheceu meu pai sabe que ele era um fenômeno tanto da escrita, como do teatro, da música e é difícil, principalmente para mim, porque tenho essa carga de ter o nome dele. Sempre fui o filho que estava mais próximo dele, cuidando no que precisava. Para mim, é uma perda que não sei como vou conseguir recuperar, porque sou eu, é uma parte minha que está dentro daquele caixão”, disse o filho.