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Agentes de endemias de Rio Branco protestam por reajuste salarial com base no piso nacional

Agentes de endemias de Rio Branco protestam por reajuste salarial com base no piso nacional

Dentre as pautas da manifestação, também está incluso o pagamento de insalubridade em cima da base salarial

Um grupo de agentes de combate às endemias (ACEs) protestou, nesta quarta-feira (21) em frente à sede da Prefeitura de Rio Branco, no Centro de Rio Branco. Eles reivindicam o pagamento do piso salarial nacional por parte do município, e não mais por carga-horária.

Os ACEs reclamam que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), aprovado no ano passado, congelou o piso salarial da categoria.

Dentre as pautas da manifestação, destacam-se:

  • Reajuste do novo salário mínimo para os ACEs;
  • Auxílio alimentação;
  • Pagamento de insalubridade em cima da base salarial da categoria;
  • Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e fardamentos;
  • Descongelamento da progressão e promoção dos ACEs;
  • Pagamento do piso salarial dos ACEs de acordo com a carga horária exigida no edital de convocação do concurso público da categoria.

A Lei Complementar nº 140, de 2022, que institui o PCCR dos servidores da Saúde Pública da capital, diz que “os reajustes seguintes do piso nacional serão pagos proporcionalmente para os agentes de endemias de 30h, garantindo-se a irredutibilidade de remuneração, caso no cálculo da proporcionalidade ocorra redução do vencimento base da referência inicial, ficando vedado pagamento da jornada suplementar”.

Contudo, eles afirmam que o piso está sendo pago em cima da carga-horária atual, e não na de 40 horas.

“Recebemos o piso salarial desde o primeiro concurso de 2004, nunca tivemos problema e agora a prefeitura está querendo pagar o piso em cima de carga horária. Nós sempre recebemos piso pelas nossas atribuições e sempre tivemos nosso piso equiparado a outras categorias que são de 40 horas, que são de carga horária mais longa. Congelaram nosso piso, nossa progressão e promoção, colocaram nosso cargo de 30 horas em extinção e nós sofremos muitos prejuízos”, disse a presidente da Comissão dos Agentes de Combate às Endemias, Rosileuda Fernandes.

A profissional complementa que tais modificações provocaram a manifestação. Falou ainda que se a conversa entre a categoria e a Prefeitura não acontecer, irão entrar com indicativo de greve.

“Com a diminuição da produção, a população vai perder. Queremos falar para a população em geral que nos defendam também pois somos nós que estamos levando saúde de porta em porta, é nós que fazemos o SUS girar. Mesmo na pandemia. Enquanto as pessoas estavam em casa, nós estávamos trabalhando. Somos saúde e como saúde do município temos sido muito prejudicados”, frisou.

Segundo a Emenda Constitucional 120 de 2022, o piso nacional ficou estabelecido em dois salários mínimos (R$2.761,20).

De acordo com a Lei Complementar municipal, o quadro atual permanente (ou seja, que entraram mediante concurso público) é de 600, distribuídos em:

  • 300 cargos para agentes de endemias com carga-horária de 30h
  • 300 cargos para agentes de endemias com carga-horária de 40h

À Rede Amazônica Acre, a prefeitura da capital informou que eles foram recebidos em outras oportunidades e que, nas ocasiões, os assuntos reivindicados já haviam sido abordados. “Tem coisas que foram atendidas, tem outras que estão em processo. Algumas não podem ser atendidas porque a prefeitura vai trabalhar o conjunto de servidores e não por categoria”, disse.