Essa é a segunda queda seguida no setor. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho.
O Acre começou o ano de 2023 com saldo negativo na geração de empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nessa quinta-feira (9), pelo Ministério do Trabalho.
O levantamento mostrou que janeiro terminou com 3.633 admissões contra 4.285 desligamentos, tendo assim uma perda de 652 postos de empregos formais no estado.
Essa é a segunda queda seguida nos postos de trabalho. A edição também traz os dados revisados da geração de emprego com relação a dezembro do ano passado no Acre.
Inicialmente, dezembro havia terminado com uma queda de 795 vagas de emprego, a única retração do ano de 2022. Porém, após a revisão, o mês teve uma baixa de 826 vagas. Todos os meses esses dados são revisados pelo Caged.
A queda do mês de janeiro foi puxada pelos setores de serviços e comércio, com 386 e 332 perdas de postos, respectivamente. Dos cinco setores avaliados, apenas indústria e agropecuária tiveram saldo positivo no mês de janeiro no Acre, com 47 e 25 vagas, respectivamente.
A maior parte das pessoas contratadas tinha o ensino médio completo ou o ensino superior completo. Além disso, mais homens foram contratados no mês de dezembro. Da mesma forma, as demissões afetaram principalmente os empregados que tinham o ensino médio completo e também os homens.
Anos anteriores
Em janeiro de 2020, 2021 e 2022, respectivamente, foram abertas 138 vagas, 369 e 209 empregos formais.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.
Deste modo, esse foi o pior resultado para meses de janeiro do “novo Caged”, que considera as alterações metodológicas.
Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Dados divulgados pelo IBGE no fim do mês passado mostram que o mercado de trabalho acreano superou, ao final de 2022, o patamar pré-pandemia. A taxa média de desemprego no ano foi de 11,7%, o menor patamar desde 2016.