Jogador brasileiro segue preso em Barcelona acusado de estupro
Enquanto o jogador Daniel Alves é acusado de ter privilégios na cadeia e ainda aguarda o julgamento de um recurso, o caso segue ganhando novos elementos.
Na última sexta-feira, oito testemunhas depuseram à Justiça espanhola sobre os acontecimentos do dia 30 de dezembro, entre elas, um brasileiro e as duas jovens que acompanhavam a vítima, uma prima e uma amiga.
Nesse depoimento foi apontado mais detalhes do que teria ocorrido logo após o suposto estupro. Além da angústia, da crise de ansiedade e do choro inconsolável da suposta vítima, nos primeiros minutos após o fato, a jovem teria mostrado desconfiança que, por se tratar de alguém famoso supostamente envolvido no fato, a sua denúncia não teria crédito, repetido inúmeras vezes às amigas e aos policiais: “Eles não vão acreditar em mim. Eles não vão acreditar em mim”.
Fontes familiarizadas com a investigação também apontaram ao jornal “La Vanguardia” que, ao prestarem depoimento, as três jovens garantiram não saber que a porta do local onde ocorreu o suposto estupro dava para um banheiro exclusivo. Alegaram que elas não viram nenhuma sinalização no local e que pensaram que a entrada dava para o lado de fora, para uma espécie de saída de emergência para fumar.
“Por que eu saio da área VIP, passo por meia discoteca e fico em uma fila tremenda para acabar em um banheiro lotado e sujo, se descubro que existe um exclusivo e limpo onde estávamos. Não sabíamos”, teria garantido uma das testemunhas.
Outra testemunha ratificou as palavras. “Se eu sei que é um banheiro, minha amiga não entra”, apontou.
As testemunhas contaram ainda que a ideia naquele dia nem era ir para uma boate. As três jantaram naquela noite na casa de uma delas, e embora não tivessem planejado sair, pois a ideia deles era ficar juntos e colocar o papo em dia, acabaram se animando, passaram primeiro por um bar de música e lá conseguiram uma entrada gratuita para a Sutton, onde tudo teria ocorrido.