Treinador ainda valorizou a escalação de jogadores da base no time principal do Tricolor
Depois de encarar o Atlético-MG com 14 desfalques entre suspensos e contundidos, o São Paulo volta a se ver com a necessidade de ir no mercado atrás de nomes para encorpar o elenco na próxima janela de transferências, que abre no dia 18. Porém mais uma vez o técnico Rogério Ceni ponderou que o clube não fará loucuras.
- Não podemos fazer contratações equivocadas e nem que não iremos conseguir pagar depois. Não podemos cometer nenhum erro grotesco. Meu comprometimento com o clube é tentar resgatar um pouco daquilo pelo qual nós conhecemos o São Paulo. Ou seja, trabalhar para diminuir a dívida, adequar a folha salarial a longo prazo, lançar muitos jogadores das categorias de base.
Os últimos jogos vem provando essa vocação de Ceni para apostar na base. Neste domingo (10), sem opções para a zaga, Luizão fez a sua estreia em partidas do Campeonato Brasileiro (havia atuado apenas na Copa Sul-Americana). Na quinta-feira (7), Moreira e Rodriguinho entraram em campo e marcaram. A dupla também jogou no Mineirão.
- Agora, também tem que ter a paciência das pessoas para conseguirmos sanar essas dificuldades todas. Não vamos conseguir sanar essas dificuldades todas rapidamente. Mas o meu time, onde trabalhei por 25 anos, o meu comprometimento é esse. Eu gosto de dar espaço (para a base) porque eu venho de lá, morei debaixo das arquibancadas do Morumbi com 17 anos, eu sou um deles. E eles merecem porque possuem essa ideia de comprometimento. A ideia é mesclar jogadores mais experientes, contratações que venham e que são sim necessárias.
Até agora, o Tricolor acertou apenas com o atacante Marcos Guilherme para esta janela de transferência. O plano da diretoria é de que um volante, um zagueiro e um atacante de lado de campo são contratações fundamentais para o restante da temporada.
Para o treinador, um dos maiores ídolos da história tricolor, essa a receita da recuperação do clube é óbvia.
- Se você me perguntar: nós vamos ganhar qual título? Eu respondo: não sei. Nós vamos brigar o máximo que conseguimos, ter o máximo de desempenho possível, chegar o mais longe possível. Mas você equacionar tudo o que foi feito no São Paulo, onde o clube foi devastado, requer tempo. Seja comigo ou com outro profissional. Com esse presidente ou no futuro, com outro. Requer profissionalismo, paixão e abrir mão de algumas coisas para diminuir a folha salarial, baixar custos e tentar estabilizar o São Paulo.