Ex-presidente do Corinthians voltou a ser alvo do órgão por supostas irregularidades cometidas durante seu mandato
Andrés Sanchez, empresário e ex-presidente do Corinthians, voltou a ser alvo de uma denúncia do Ministério Público de São Paulo nesta sexta-feira (19).
De acordo com apuração feita pela reportagem do Portal iG, a queixa se baseia em crimes de lavagem de dinheiro e crimes tributários. Além da acusação, o MP solicita que o ex-mandatário alvinegro ressarça o clube do Parque São Jorge em R$ 101 mil.
Entenda o caso
Segundo consta na denúncia, enquanto presidente do Corinthians, entre agosto e setembro de 2020, Andrés Sanchez usou o cartão corporativo do clube para gastos pessoais e de terceiros.
Entre as despesas, estão as compras de móveis residenciais e eletrodomésticos no nome de Aurea Andrade Ramaciotti, pessoa sem vínculo oficial com a equipe, mas que mantinha contato com o dirigente nas redes sociais.
Também consta na denúncia o uso de um táxi-aéreo no valor de R$ 30,7 mil. A nota da operação está no nome do ex-mandatário, apesar de ter sido arcada com o dinheiro do clube, está no nome de Andrés Sanchez. Segundo o Ministério Público, o detalhe foi propositalmente planejado pelo empresário, para afastar o Timão da situação, o que caracterizaria autolavagem de dinheiro.
Em contato com a reportagem do Portal iG, a defesa do ex-presidente mostrou perplexidade com a segunda denúncia direcionada ao empresário pelo uso indevido do cartão corporativo do time.
“A defesa de Andrés Navarro Sanchez, representada pelo escritório Fernando José da Costa Advogados, manifesta perplexidade diante da nova denúncia oferecida pelo Ministério Público, especialmente por ter sido distribuída por dependência ao processo relativo à primeira denúncia, atualmente suspenso, e reafirma que demonstrará a inocência de Andrés no regular curso do processo.”
Primeira denúncia
Andrés já havia sido denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em outubro deste ano, pelo uso pessoal do cartão corporativo do Corinthians durante seu último mandato como presidente alvinegro.
De acordo com o promotor Cássio Roberto Conserino na ocasião, a acusação era por possíveis crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. Segundo ele, as práticas ocorridas no período entre 2018 e maio de 2025 “resultaram em acréscimos patrimoniais ilícitos” dos denunciados.
Na época, Conserino citou aplicativos de celular, roupas, abastecimento em posto de combustíveis e compra de relógios importados como alguns dos itens adquiridos de forma ilegal pelo ex-presidente do clube.
Posteriormente, Andrés admitiu o uso do cartão corporativo do clube e ressarciu a instituição dos valores indevidamente utilizados.
