Timão não termina um ano com vitórias no Morumbi e na Vila Belmiro há quase 13 temporadas
O técnico Fernando Lázaro lamentou o gosto amargo que ficou na boca do Corinthians pelo gol sofrido nos minutos finais no empate por 2 a 2 para o Santos, neste domingo, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 11ª rodada da fase de grupos do Paulistão. O Timão foi a 19 pontos na tabela e lidera o Grupo C.
– Claro que fica (um gosto ruim). Empate no final do jogo com você sendo superior, construindo possibilidades, mais próximo de um terceiro gol, um jogo controlado, mas faz parte, clássico são detalhes. Aos atletas também é bom que sintam assim. Sair num clássico fora de casa com gosto amargo, a gente merecia e poderia ter tido mais. É uma forma importante de encarar. Calor, jogo intenso no começo, depois o time se ajustou e colocou a bola no chão.
Sobre o gol anulado de Yuri Alberto, em lance que o VAR analisou e apontou impedimento, o treinador deu um gole numa garrafa de água antes de desabafar contra a decisão de Edina Alves.
– Vou dar mais um gole para tentar engolir aquele primeiro gol anulado. Vi só na imagem aberta, é difícil. Até falei com a Edina no início do jogo que é injusto criar esse ambiente, uma pressão desfavorável, jogar um contexto antes, cria um cenário que não concordo. Revendo o lance, não dá, Yuri vem num movimento, a bola está do outro lado, nem chegaria perto da ação no Du. Foi um contato natural, não vi atletas do Santos reclamando. Uma situação que não se justifica.
Com o empate contra o Santos, o Corinthians conclui os clássicos da primeira fase. O Timão venceu o São Paulo no Morumbi e empatou diante do Palmeiras, também por 2 a 2, na Neo Química Arena. Para Lázaro, são resultados que mostram um novo momento no Corinthians:
– Nos confrontos diretos, nos clássicos, fizemos boas apresentações nos três jogos, acredito que contra o São Paulo fizemos um primeiro muito bom num ambiente adverso, depois nos defendemos e conseguimos o resultado. Nos outros dois jogos, tivemos as melhores possibilidades e boas chances de ter saído com resultado melhor. Essa sensação minha e do time fortalece nossa relação direta. Pelo contexto que a gente tinha antes, fazer dois clássicos fora indo bem e um em casa contra um time em melhor momento (Palmeiras), vai dando confiança para gente enfrentar esses grandes jogos.
Durante a coletiva, o técnico defendeu o atacante Giovane, que cometeu um erro no fim do jogo. Foi o seu passe forçado para Maycon que gerou o pênalti em Mendoza. O Santos, assim, fez o 2 a 2.
– Giovane entrou muito bem no jogo para o que a gente precisava, puxou três ou quatro transições que a gente podia ter definido o jogo. Até depois de ter sofrido gol, novamente criamos uma situação com ele. É um atleta jovem, ali uma situação que ele buscou, viu o passe, mas o Mendoza foi esperto, o Mendoza leu e chegou antes. Faz parte, é aprendizado. Um atleta de muito potencial, que fazia excelente pré-temporada conosco, fez grande campanha na seleção sub-20, tem treinado bem, foi um lance fortuito de um atleta jovem que tem a crescer – afirmou.