Procurador da Justiça Desportiva Antidopagem diz que o atacante do Flamengo prejudicou de diversas maneiras o trabalho dos oficiais
Na última quinta-feira (21), a Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem apresentou uma denúncia contra Gabigol, atacante do Flamengo, por ‘tentativa de fraude’ em um exame antidoping. As informações são do Ge.
O caso aconteceu no Ninho do Urubu, no dia 8 de abril, na véspera do segundo jogo da final do Campeonato Carioca. Na ocasião, o Rubro-Negro acabou sendo superado pelo Fluminense e ficou com o vice-campeonato.
Segundo relatos que serviram de base para a denúncia, Gabigol prejudicou o trabalho dos oficiais de diversas maneiras, os atrasando, desrespeitando e não seguindo os procedimentos corretos.
Os responsáveis pelo exame apontam que o jogador não se dirigiu a eles antes do treino, depois da atividade foi almoçar, tratou a equipe com desrespeito, não seguiu os procedimentos indicados, após 90 minutos pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém, e se irritou ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro para a coleta. O atacante ainda entregou o vaso aberto, contrariando a orientação recebida.
A análise específica do passaporte biológico determina que é necessário que haja repouso de duas horas após atividades físicas, tempo que não foi cumprido pelo jogador.
A publicação explica que Gabigol teria se irritado por estar sempre na lista dos jogadores que realizam o exame. Após a coleta, o camisa 10 avisou que aquele seria seu último controle.
O atacante recebeu a primeira notificação sobre a tentativa de fraude no dia 30 de maio. Em sequência, o vice geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, realizou a primeira defesa do atleta.
O procurador da Justiça Desportiva Antidopagem, João Guilherme Guimarães Gonçalves, é quem assina a denúncia. No texto, ele relata possíveis infrações cometidas por Gabigol: “A própria tentativa de esconder a sua genitália no momento da coleta de urina configura uma tentativa de fraudar uma fase do exame”.
A denúncia pede que Gabigol seja intimado a prestar depoimento sob pena de confissão. Além disso, o capitão Everton Ribeiro, Márcio Tannure, que atua como chefe do departamento médico do Flamengo, e Leandro Martins, que é enfermeiro do clube, também serão intimados a prestar depoimento.