Lateral topou reduzir drasticamente vencimentos, já conversou com Diniz e está muito motivado
Em entrevista ao “Seleção Sportv” da última sexta-feira, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, foi questionado se tem algum investidor por trás ajudando a bancar financeiramente o retorno de Marcelo às Laranjeiras. Mas ele garantiu que o salário que o jogador vai receber está dentro da realidade tricolor. Apesar da empolgação pela contratação dentro e fora do clube, havia uma preocupação se era viável arcar com a remuneração de um astro padrão europeu.
Mas nos corredores das Laranjeiras já circula a informação de que os vencimentos mensais estão na faixa de R$ 600 mil. Ou seja, Marcelo não será sequer o maior salário do Fluminense e ganhará menos que alguns outros nomes do elenco, como por exemplo o artilheiro Germán Cano. Paralelo a isso, como o próprio presidente revelou na entrevista, o lateral também terá participação em royalties de produtos licenciados, que prometem agitar a torcida.
As camisas são um termômetro: no mesmo dia do anúncio da contratação, muitos torcedores já começaram a procurar as lojas oficiais do clube para personalizar com o nome e o número do lateral-esquerdo. A demanda aumentou tanto, que em alguns locais os números para formar o 12 e as letras para escrever Marcelo acabaram e precisaram pedir reposição. O Fluminense também planeja outros produtos para explorar a imagem do jogador.
É possível dizer que a animação da torcida é recíproca: Marcelo está muito empolgado em voltar a jogar no Fluminense, e até antecipou o anúncio do clube por alguns minutos ao postar no Twitter um emoji de caneta representando o contrato assinado. No Instagram, seu empresário publicou o seguinte diálogo com o lateral durante as negociações:
- Ele me disse: “Quero voltar para casa”. Eu respondi: “Deixa comigo!”
Até por sua motivação, Marcelo topou reduzir drasticamente seus salários e inclusive recusou propostas financeiramente maiores, como por exemplo de clubes dos Estados Unidos, onde receberia mais de R$ 1 milhão por mês, conforme divulgado pelo canal “Vilella Viajante Tricolor” no YouTube.
Marcelo ainda organiza a mudança para o Rio de Janeiro e chegará à cidade na segunda semana de março. O lateral virá, mas sua família ainda seguirá dividida entre Brasil e Espanha. O jogador é casado e pai de dois meninos: Liam, de sete anos, e Enzo, de 13, e o mais velho é atacante nas categorias de base do Real Madrid. Até por isso precisará continuar morando na capital espanhola.
Marcelo já tinha sido procurado pelo Fluminense no meio do ano passado, quando deixou o Real Madrid, onde foi ídolo. Na ocasião, ele havia manifestado ao presidente Mário Bittencourt seu desejo de voltar, mas ainda não naquele momento. Ele então foi jogar no Olympiacos, da Grécia, onde tinha contrato de um ano, mas a rescisão depois de aproximadamente seis meses agilizou o retorno. E uma conversa com o técnico Fernando Diniz também pesou na decisão.
Não se sabe ainda em que posição Marcelo jogará no Fluminense. Na Grécia, ele vinha atuando mais como meia, mas não está descartada a possibilidade de voltar a ser lateral. A definição só acontecerá após ele se apresentar e começar a trabalhar com Diniz e os novos companheiros no CT Carlos Castilho. Ele vai reforçar o time na disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores (para jogar as finais do Carioca, terá que ser inscrito até a véspera da semifinal).
Ainda falta um tempo para a torcida ver Marcelo de perto, mas neste sábado os tricolores que forem ao jogo contra a Portuguesa-RJ no Maracanã, pela nona e antepenúltima rodada do Carioca, já poderão matar um pouco da saudade, mesmo que virtual. Os telões do estádio vão exibir uma mensagem em vídeo do lateral para os torcedores presentes antes da bola rolar, às 16h (de Brasília).