Tricolor vem sofrendo com lesões constantes e precisa resolver problemas nas laterais e na adaptação ao modelo de jogo do treinador
Com uma temporada mais curta por conta da Copa do Mundo do Qatar e muitas competições, o Fluminense teve pouco tempo para descansar no primeiro semestre de 2022. Após a derrota para o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro no último domingo, o Tricolor terá apenas a segunda semana com cinco dias livres em todo ano. Será a primeira desde a chegada do técnico Fernando Diniz, que deve aproveitar o período para fortalecer fisicamente alguns atletas, além de corrigir problemas.
Desde a estreia em 27 de janeiro, na derrota para o Bangu no Luso-Brasileiro, o Flu fez 35 jogos em 122 dias. Uma média de um a cada praticamente 3,5 dias. Os maiores períodos de descanso foram entre as duas semifinais contra o Botafogo por cinco dias, quando houve uma Data Fifa com partida da Seleção Brasileira no Maracanã, além do intervalo de quatro dias entre a eliminação para o Olimpia (PAR) e o primeiro confronto com o rival alvinegro no Estadual.
Esta segunda-feira marcou a primeira folga de fato dos jogadores desde 10 de abril. Entre 23 e 29 deste mês, não houve treino no dia de retorno ao Rio de Janeiro após as viagens casadas para Fortaleza e Bolívia. Antes, o time não fez nenhuma atividade só quando deixou a Argentina rumo à capital cearense. Entre 9 e 15 de maio, o grupo não foi ao campo quando embarcou para Goiânia, mas se apresentou às 6h30 e viajou em seguida.
Dois dias depois, também não realizou atividade no retorno ao Rio. Entre 18 de abril e 8 de maio, nenhum dia livre. Em 11 a 17 de abril, dias livres só na ida para Cuiabá direto de Barranquilla (COL) e depois na volta ao Rio após jogo na Arena Pantanal. A última folga aconteceu em 10 de abril, logo depois da estreia no Brasileirão diante do Santos, no Maracanã.
- Acho importante saber aproveitar a semana. Na realidade estamos aproveitando todos os minutos para treinar, embora tenhamos pouco tempo, eu treinei em todos os dias que não teve jogo. Agora com a semana cheia, fica mais fácil dar uma condição para os jogadores, saber descansar e treinar para a sequência do campeonato - afirmou Diniz.
Desgaste
Os poucos dias livres geram diversos problemas. Além de não poder treinar e implementar seu estilo de jogo com a calma que gostaria, Fernando Diniz também acaba perdendo jogadores por lesão. Na estreia do treinador, Felipe Melo e Luan Freitas ainda se recuperavam das cirurgias no joelho direito, Manoel estava em transição após dores no posterior da coxa direita e Jhon Arias havia sofrido uma contusão no tornozelo direito. No jogo seguinte, apenas o zagueiro voltou a ser opção.
No duelo da Copa do Brasil contra o Vila Nova, Paulo Henrique Ganso virou desfalque por sentir diante do Palmeiras. Diante do Athletico-PR, o meia seguiu fora, Samuel Xavier teve uma gastroenterite e Fred voltou a reclamar do problema no olho esquerdo. Para as viagens à Argentina e a Fortaleza, o lateral e o camisa 10 retornaram, mantendo o centroavante, Felipe Melo e Luan Freitas como desfalques.
Na goleada na Bolívia, Diniz adicionou à lista Nino e Pineida, com lesões na coxa esquerda, além de David Duarte, com inchaço no joelho esquerdo, como ausências. Só o lateral-esquerdo voltou a tempo do clássico com o Flamengo.
Junho promete ser um mês intenso, mas menos desgastante do que maio para o Fluminense. Isso porque o time agora faz quatro partidas no Maracanã e duas fora pelo Campeonato Brasileiro. Haverá também o confronto de ida pelas oitavas da Copa do Brasil entre os dias 22 e 23, mas o clube ainda aguarda o sorteio para saber se joga como mandante ou visitante primeiro.
Depois da folga nesta segunda-feira, o Flu se reapresenta no CT Carlos Castilho nesta terça. O grupo viaja para Caxias do Sul na sexta após o treino da manhã. O Fluminense é o 11º colocado no Brasileiro, com 11 pontos. No domingo, enfrenta o Juventude em Alfredo Jaconi às 11h.