Treinador comparou os momentos vividos no rival, em 2011, quando atuava como auxiliar de Tite
O Santos conseguiu cumprir o seu planejamento do Santos de subir para Série A do Campeonato Brasileiro com o título da segunda divisão. Mas, internamente, o clima do clube não é bom.
Após a derrota para o CRB por 2 a 0 na Vila Viva Sorte, na penúltima rodada do torneio nacional, o técnico Fábio Carille deu uma declaração que causou incomodo entre os dirigentes do Peixe.
“Tudo pode acontecer no futebol (permanência), já vi cada reviravolta. Em 2011, a pressão do Corinthians após a derrota para o Tolima e a continuidade do Tite. Vocês não sabem o que é pressão, vocês não sabem. Tudo pode acontecer. Que aconteça o melhor para o Santos em 2025, não melhor para mim ou para o presidente”, disse Carille.
Segundo apuração do iG Esporte, a direção do Santos ficou insatisfeita com a fala do treinador, principalmente pelo momento vivido entre torcida e Carille. Para a direção, a chance de permanecer com o treinador, que já era vista inviável, fica ainda mais difícil.
Existia um clima de tensão na Vila Viva Sorte para a entrega do troféu de campeão da Série B muito por conta da relação Fábio Carille e torcida, o que acabou se confirmando. Antes mesmo da bola rolar, ao anunciar a escalação do Peixe, o treinador foi vaiado, assim como quando foi receber a medalha.
O Santos tentou evitar ao longo da temporada “dividir” o clube entre torcida e comissão técnica, mas teve pouco sucesso. Carille foi constantemente vaiado e viu a relação entre ambos se desgastar ao longo do ano.
Neste ano, Fábio Carille comandou o Santos em 53 jogos, com 30 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. Marcelo Teixeira, presidente santista, falou sobre a possível permanência do treinador.
“Tudo é possível ter uma solução, basta você programar, planejar e manter uma forma de que o trabalho continue crescendo. É natural que temos essa preocupação, todos nós temos. Nós resistimos, tivemos resiliência na permanência do trabalho. No jogo contra a Ponte Preta fiz questão de ligar nele para falar sobre a permanência. O objetivo era o acesso, depois o título. Conquistamos ambos. Não poderíamos romper o trabalho, poderia gerar algo no grupo e um problema financeiro. Já tivemos temporadas com quatro treinadores e não fomos felizes. Já tivemos técnicos ofensivos, defensivos e todos foram questionados”, disse Marcelo Teixeira.
Antes de encerrar a temporada, o Santos encara o Sport pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O Peixe já não tem mais objetivos no torneio, enquanto o Sport busca o acesso à Série A.