Time francês terá que fazer vendas para evitar cair no fair-play financeiro
A Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCG), órgão da Liga francesa responsável pelo controle das contas dos clubes de futebol profissional daquele país, elaborou um relatório sobre a temporada passada, que abrange desde 1 de julho de 2021 a 30 de junho 2022.
Conforme os dados, o PSG teve um prejuízo total no período de 368 milhões de euros, ou seja, R$ 2 bilhões.
Segundo a DNCG, a equipe parisiense destinou 729 milhões euros à remuneração dos jogadores. Boa parte desse dinheiro foi para os contratos de Donnarumma, Sergio Ramos, Achraf e Messi, que chegaram ao time em 2021. Além dos salários de outras estrelas do time, como Neymar e Mbappé. Para se ter uma ideia, a folha salarial dos parisienses aumentou 109%.
Vale lembrar que o camisa 10 da seleção brasileira, que até hoje é a contratação mais cara da história do futebol por 222 milhões de euros, renovou até 2027 e está recebendo 36 milhões de euros por ano (cerca de R$ 182 milhões na cotação atual). Já Messi chegou ao clube com um salário de 41 milhões de euros (R$ 208 milhões).
O PSG também destinou pouco mais de 180 milhões de euros (R$ 992 milhões) em transferências na temporada em questão, sendo 147 milhões de euros para transferências de jogadores e 39 milhões de euros para honorários de agentes e intermediários.
Em relação às receitas, o time parisiense gerou 669,6 milhões de euros, sendo 139 milhões em direitos audiovisuais, 377 milhões de patrocínios e publicidade, 57 milhões de bilheteria e 96 milhões de outras fontes.
Diante desse quadro, o português Luís Campos será obrigado a equilibrar o plantel, com algumas saídas, na próxima janela de transferências, na procura de soluções que evitem uma sanção com a entrada em vigor do novo fair-play financeiro.