Presidente do São Paulo prometeu punição rigorosa aos envolvidos caso a denúncia seja comprovada
O presidente do São Paulo, Júlio Casares, se pronunciou, na tarde desta terça-feira (16), a respeito do escândalo da venda clandestina de ingressos em um camarote no Morumbis para o show da cantora Shakira em fevereiro deste ano.
Na declaração, divulgada em uma rede sociais, o mandatário do clube informou que os envolvidos devem ser punidos com rigor caso as acusações sejam comprovadas. Casares explicou também o motivo de ter demorado para se manifestar sobre o caso.
Veja a nota na íntegra
Tomei conhecimento da lamentável conversa telefônica em áudio gravado divulgado pela imprensa nesta segunda-feira, um dia muito triste para a instituição.
Só venho me manifestar agora, um dia inteiro após os fatos virem à luz, porque a prioridade é a de que tudo seja esclarecido e, se assim for necessário, as devidas medidas sejam tomadas.
Casos como este não podem passar sem serem devidamente esclarecidos, e isso será feito por meio da sindicância que foi instaurada imediatamente após a revelação do episódio. Este trabalho, está sendo feito em duas frentes: a primeira e mais importante é a auditoria externa, para que não haja nenhuma possibilidade de interferência política ou de influência de poder. Todos serão ouvidos e um relatório final dará ao Clube suas considerações e orientações de eventuais próximos passos. Em paralelo, a sindicância interna será tocada pelo departamento de compliance.
Não defendo e nem pratico prejulgamento e condenação prévia. Acredito no amplo direito à defesa. Mas ressalto que, seja qual for o resultado da sindicância, vamos agir com rigor com quem quer que eventualmente seja apontado com conduta inadequada no Clube. Não há e nem haverá favorecimento por proximidade, amizade, parentesco, função ou alinhamento político.
Não podemos conviver com malfeitos de nenhuma natureza.
Nenhuma pessoa é e nunca será maior que o São Paulo Futebol Clube.
Entenda o caso
Douglas Schwartzmann, diretor-adjunto das categorias de base, e Mara Casares, ex-esposa de Júlio Casares e atual diretora feminina do clube, pediram, na manhã desta segunda-feira (15), licença de seus cargos no São Paulo, após a divulgação de uma reportagem do Ge.
A publicação mostrou uma conversa gravada em que os dois tentam dissuadir Rita de Cassia Adriana Prado, que intermediava a venda ilegal dos ingressos, a não expor os envolvidos em um processo judicial contra uma revendedora, que ajudou a promover o evento.
O camarote em questão é utilizado, inclusive, pela presidência do clube e fica anexado à sala de Júlio Casares dentro do estádio.
O CEO do São Paulo, Márcio Carlomagno, indicado por Casares para substituir Carlos Belmonte, na administração do futebol do clube, e principal candidato de situação na próxima eleição também foi citado na gravação. O diretor nega que tenha envolvimento no esquema.
Diante do ocorrido, um grupo de conselheiros do São Paulo pediu a destituição de Casares do cargo. O clube está envolvido em outras denúncias na esfera criminal. O Ministério Público apura uma acusação de uma pessoa anônima que aponta gestão temerária e favorecimento ilegal em negociações durante a gestão.
