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Ancelotti quer ‘futebol moderno’ e cobra: ‘Jogar para a equipe’

Ancelotti quer ‘futebol moderno’ e cobra: ‘Jogar para a equipe’

Em coletiva antes de enfrentar o Chile, italiano reforça a prioridade pelo coletivo, explica a não convocação de Neymar e prepara estreia no Maracanã

Com a Copa do Mundo de 2026 batendo na porta, o tempo de preparação é curto. O duelo entre Brasil e Chile, na quinta-feira (4), no Maracanã, é o penúltimo das eliminatórias sul-americanas. Mesmo diante deste cenário, Carlo Ancelotti não abre mão de implementar sua ideia de jogo na amarelinha.

O experiente treinador, que se consagrou com trabalhos vitoriosos na Europa, tem um objetivo principal: em coletiva realizada nesta quarta-feira (3), quando completou 100 dias no cargo, ele bateu bastante na tecla do “futebol moderno”.

O italiano acredita que a seleção brasileira se destaca pela qualidade técnica. Não à toa, afirmou que tem “70 jogadores que podem estar na Copa do Mundo”. No entanto, o técnico garante que vai priorizar o coletivo nas escalações.

“Todos aqui tem qualidade para estar na Seleção. Disse outro dia que precisam estar bem fisicamente e que joguem para equipe e não individualmente. Eu escalo jogadores que podem ter menos qualidade técnica, mas que são melhores coletivamente”, explicou.

Não convocação de Neymar está relacionada à nova cultura

Esta nova cultura que Ancelotti tenta trazer para seleção pode interferir diretamente na utilização do grande nome da equipe nos últimos três Mundiais: Neymar ficou de fora da lista. O craque afirmou, após o empate sem gols entre Santos e Fluminense, no último domingo (31), que sua não convocação foi uma decisão técnica.

O treinador do Brasil disse saber da qualidade técnica que Neymar pode entregar, mas bancou a decisão por não o chamar para os próximos dois compromissos da equipe:

“É uma decisão técnica que se baseia em muitas coisas. Do que o jogador está fazendo, o que tem feito. E também o problema que ele teve. Quando eu falo do critério físico, é um critério que toda a comissão acha muito importante. Ninguém pode discutir o Neymar a nível técnico. O que estamos olhando e avaliando é sua condição física, mas não só dele, de todos os jogadores que estão aqui.”

Formação voltada para ideia do “futebol moderno”

Assim como na primeira vitória sob comando da Amarelinha, no 1 a 0 sobre o Paraguai, Ancelotti deve entrar em campo com quatro homens de frente e somente dois jogadores de contenção no meio de campo.

A opção por não ter um armador por dentro foi questionada, já que o Brasil historicamente se destaca pela qualidade dos “camisas 10”. Ele explicou que a escolha também está relacionada à ideia do futebol moderno:

“Creio que o futebol moderno perdeu um pouco esse tipo de jogador, que joga por dentro, como meia. O futebol está com mais extremos, fortes, rápidos, esse tipo de jogador. O Estêvão tem muita qualidade e pode jogar também por dentro. Como estamos vendo nos treinos. Raphinha, Vinicius, Martinelli, também jogam muito bem por dentro. É o que pede o futebol moderno.”

Provável escalação do Brasil contra o Chile

Alisson, Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Bruno Guimarães; Estevão, João Pedro, Raphinha e Martinelli.

Momento inédito para Ancelotti

Maior vencedor da Champions League, com cinco títulos à beira do campo e dois como jogador, é difícil encontrar grandes estádios do mundo em que Ancelotti não esteve. Nesta quinta-feira, entretanto, ele vai “desbloquear” na carreira um dos principais palcos do futebol: está será a primeira vez atuando no Maracanã.

O treinador tratou esta nova experiência como “muito bonita”, e espera uma vitória convincente para tentar apagar sua primeira memória do emblemático estádio:

“ A primeira memória que tenho do Maracanã não é boa para vocês. Eu lembro quando me falavam da final (da Copa do Mundo) de 1950. Não quero lembrá-los disso agora. O Maracanã é o estádio mais importante da história do futebol mundial.”

Já sem chances de alcançar a liderança — Argentina está nove pontos na frente — as duas últimas apresentações nas eliminatórias sul-americanas para Copa do Mundo de 2026 tem um outro significado.

Após um ciclo absolutamente conturbado, a seleção espera enfim encontrar a própria paz. E nada melhor que atuações convincentes, com a “cara do Brasil”, para trazer a confiança necessária nos jogadores e comissão técnica.