Militar, que fez parte do governo Bolsonaro no início do mandato, disse que o ato ordenado pelo presidente da República é uma “infantilidade”
O ex-secretário de governo de Jair Bolsonaro, general Santos Cruz, classificou a realização do desfile militar na Esplanada dos Ministérios, programado para esta terça-feira (11) — data que coincide com a votação da PEC do voto impresso —, como “infantilidade” e um “desrespeito ao Congresso e ao Brasil”.
“Esse é um exercício de rotina. Se a intenção é convidar o presidente, o ministro da Defesa pode ir até a pé fazer isso, não precisa mobilização de aparato militar onde estão localizados os Três Poderes”, criticou Santos Cruz à coluna. “Tudo isso para levar um convite? É uma infantilidade, absolutamente desnecessária, ainda mais no contexto atual”, disse à coluna de Chico Alves , do UOL .
O desfile militar foi encarado por grande parte da opinião pública e de opositores ao governo como uma forma de ‘ameaçar’ o parlamento , já que a pauta do voto impresso tem sido o carro chefe de Bolsonaro ao passo que a eleição de 2022 se aproxima. O chefe do Executivo acusa as urnas eletrônicas de fraudáveis, mas nunca apresentou qualquer prova.
Para Santos Cruz, o ato vai ser um “vexame nacional e internacional”. “Não é possível acreditar em tanta ingenuidade e incompetência de avaliação do Ministério da Defesa. Isso é um desrespeito ao Congresso, um desrespeito ao Brasil (...) Essa imagem vai ser um vexame nacional e internacional. Vai prejudicar de maneira incalculável a imagem, o prestígio, a confiança nas Forças Armadas”.