Queiroga disse que todas as etapas relacionadas à imunização infantil foram seguidas e que não houve atraso
Após ser convocado pela Comissão de Desenvolvimento Humano (CDH) do Senado para esclarecer o atraso da vacinação infantil contra a Covid-19 , o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou que a imunização das crianças tenha atrasado.
Além da demora na vacinação, nessa segunda (7) o chefe da Saúde e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, foram convocados para explicar a nota técnica da pasta que favorece a hidroxicloroquina.
“Alguns ainda insistem na narrativa FALSA de que o governo federal atrasou a compra de vacinas pediátricas. O contrato com a farmacêutica foi firmado ainda em novembro, antes da autorização da Anvisa”, disse Queiroga nesta terça (8).
“Logo após a autorização, solicitamos o maior quantitativo de doses no menor prazo a farmacêutica. A empresa respondeu que o menor prazo possível para a primeira entrega seria na semana do dia 10 de janeiro, devido ao tempo de produção do imunizante e a alta demanda global”, continuou.
O uso do imunizante pediátrico da Pfizer foi aprovado pela Anvisa em 16 de dezembro para uso em crianças de 5 a 11 anos . A vacinação, porém, começou apenas em janeiro. Além disso, também é criticado o fato de o governo ter comprado, inicialmente, 20 milhões de doses, o que não é suficiente para vacinar todas as crianças da faixa etária.
O Ministério da Saúde também realizou uma consulta pública para saber se a população aprovava ou não a vacinação infantil . Queiroga, no entanto, alegou que isso não interferiu nos prazos.
“A consulta e audiência pública realizada entre os dias 23 de dezembro e 5 de janeiro em nada interferiu no prazo de entrega das vacinas, contribuiu apenas para ampliar o debate sobre o assunto e reduzir a resistência a vacinação”, afirmou. “Quem insiste em outra versão, está mentindo apenas para criar narrativas e prejudicar o Brasil.”