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Brasil/Mundo

União Europeia vai agilizar aprovação de vacinas contra Covid-19 adaptadas para combater novas variantes

Mutações do coronavírus preocupam por velocidade maior de transmissão e dúvidas sobre eficácia dos imunizantes

Frankfurt — A União Europeia vai acelerar as aprovações de vacinas contra a Covid-19 adaptadas para combater mutações do coronavírus, disse a comissária de Saúde do bloco, Stella Kyriakides, em entrevista a um jornal neste domingo.

— Decidimos que uma vacina que for melhorada pelo fabricante com base na vacina anterior para combater novas mutações não precisa mais passar por todo o processo de aprovação. Portanto, será mais rápido ter vacinas adequadas disponíveis sem comprometer a segurança — disse ela ao Augsburger Allgemeine.

Algumas mutações do coronavírus preocupam pela possibilidade de aumentar a capacidade de transmissão e afetar a eficácia dos imunizantes. Cientistas do governo britânico afirmaram no sábado que a variante B.1.1.7, descoberta no Reino Unido, é provavelmente mais mortal do que o vírus original.

A África do Sul, onde a variante 501Y.V2 é atualmente predominante, interrompeu a vacinação com o imunizante da AstraZeneca depois que um ensaio feito com poucas pessoas revelou proteção de apenas 10% contra casos leves a moderados causados pela variante. Já no Brasil, uma variante identificada no Amazonas tem sido associada à alta de casos da Covid-19 em Manaus, que levou ao colapso do sistema de saúde na cidade.

Vacinação na UE

A Comissão Europeia tem sido criticada por países membros da UE devido aos atrasos nas entregas de vacinas, o que fez o bloco ficar para trás em relação a países como a Grã-Bretanha, um ex-membro, e os Estados Unidos.

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Kyriakides é membro de uma nova força-tarefa, liderada pelo Comissário da Indústria Thierry Breton, para eliminar gargalos nas fábricas e ajustar a adaptação a novas variantes.

Embora as vacinações no primeiro trimestre de 2021 tenham começado lentamente, o segundo trimestre experimentará uma aceleração e até o final de setembro a UE espera ter recebido doses suficientes de produtores licenciados para cobrir mais de 70% de sua população, disse Kyriakides.