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TSE inclui minuta achada na casa de Torres em ação contra Bolsonaro

TSE inclui minuta achada na casa de Torres em ação contra Bolsonaro

Ministro Benedito Gonçalves acatou um pedido feito pelo PDT

O ministro Benedito Gonçalves, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), incluiu, nesta segunda-feira (16), a  minuta encontrada na casa de Anderson Torres em uma ação que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O documento, que se tratava de um decreto para o ex-chefe do Executivo do Brasil instaurar estado de defesa na sede do TSE a fim de alterar o resultados das eleições, será incluído em processo movido pelo PDT que investiga a reunião de Bolsonaro com os embaixadores realiada no Planalto. A informação foi divulgada inicialmente pela coluna da Malu Gaspar no jornal O Globo.

Foi o PDT, inclusive, quem solicitou a inclusão da minuta em um dos 16 processos contra o ex-presidente que tramitam atualmente na Corte eleitoral. O objetivo do partido é fazer com que Jair seja culpado pelo crime de abuso de poder político e não possa concorrer a qualquer cargo político nos próximos oito anos. 

“Constato que os fatos ora trazidos a juízo pela parte autora (PDT) possuem aderência aos pontos controvertidos, em especial no que diz respeito à correlação do discurso com a eleição e ao aspecto quantitativo da gravidade”, escreveu o ministro na decisão.

“Conforme se observa, a tese da parte autora, desde o início, é a de que o discurso realizado em 18/07/2022 não mirava apenas os embaixadores, pois estaria inserido na estratégia de campanha do primeiro investigado de ‘mobilizar suas bases’ por meio de fatos sabidamente falsos sobre o sistema de votação”, pontuou Benedito Golçalves.

O documento do golpe

No fim desta semana, a Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro uma minuta de decreto presidencial que sugeria a Bolsonaro uma intervenção no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Isso poderia fazer com que o ex-presidente anulasse o resultado das eleições no ano passado.

Em pronunciamento feito nas suas redes sociais,  o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal afirmou que o documento “muito provavelmente” estaria em uma planilha de descarte.

“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP”, escreveu.