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Tarcísio diz que soco em debate é “lamentável” e “intolerável”; Marçal responde

Tarcísio diz que soco em debate é “lamentável” e “intolerável”; Marçal responde

“Não dá mais para tolerar o que está acontecendo nessa campanha”, escreveu o governador de São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) , se manifestou nas redes sociais sobre a agressão sofrida por Duda Lima, marqueteiro da campanha de reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), aliado do governador. Segundo ele, o soco é “lamentável”.

O publicitário foi agredido por Nahuel Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), ao final do debate promovido pelo Flow na noite de segunda-feira (24). Tarcísio chamou o episódio de “baixaria” e lamentou a falta de respeito no atual cenário eleitoral.

“Não dá mais para tolerar o que está acontecendo nessa campanha. Onde está o respeito ao eleitor que todo candidato precisa ter? Cadê o respeito à democracia que quem quer ser gestor precisa mostrar? Aonde vamos parar com tanta baixaria?”, escreveu o governador em seu perfil no Instagram.

Em resposta à manifestação de Tarcísio, Pablo Marçal repostou a declaração do governador em seus stories, chamando-o de “goiabinha”. O apelido é uma alusão ao termo “bananinha”, utilizado por Marçal para se referir a Nunes durante os debates.

O que aconteceu

A confusão começou quando Marçal foi expulso do debate faltando dez segundos para suas considerações finais, após reiteradas ofensas ao prefeito, chamando-o de “bananinha” e ameaçando “prender” Nunes devido a supostas investigações sobre desvio de merenda destinada a creches.

A saída de Marçal do estúdio provocou tumulto, com seguranças e assessores invadindo o local. Durante a confusão, Medina desferiu um soco em Duda Lima.

Lima foi rapidamente levado ao hospital Albert Einstein, onde recebeu seis pontos próximos do olho esquerdo antes de deixar o local por volta das 3h da madrugada. Nahuel Medina, por sua vez, foi levado ao 16º Distrito Policial para prestar esclarecimentos, acompanhado pelos advogados de Marçal e por Wilson Pedroso, coordenador de sua campanha.

Após a agressão, Duda Lima registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e solicitou uma medida protetiva contra Medina, que será avaliada pelo Judiciário. O marqueteiro também prestou depoimento na delegacia e deixou o local depois das 4h da madrugada.

Tensão pré-debate

Antes do debate, Marçal provocou Nunes com ofensas como “Tchutchuca do PCC”, “ladrão de merenda” e disse que “2025 você vai passar na cadeira”, enquanto o prefeito respondeu chamando-o de “condenadinho”.

Nunes, que inicialmente hesitou em participar do debate devido a outros compromissos, destacou a importância de discutir a cidade durante o evento. “Conseguimos remarcar e estou aqui. É importante ter o debate para ter essa oportunidade de discutir a cidade”, afirmou.

O debate

O debate contou com a participação de outros candidatos, Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), e teve como foco temas importantes como saúde, educação e segurança pública.

Apesar da proximidade entre os candidatos, não houve perguntas diretas entre eles, pois todas foram mediadas. Três direitos de resposta foram pedidos, por Boulos, Datena e Marçal e apenas o do ex-coach foi concedido.

Em cerca de duas horas, foram três blocos de perguntas e respostas e um com as considerações finais.