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Rússia afirma que Terceira Guerra Mundial não seria só na Europa, em recado aos EUA

Rússia afirma que Terceira Guerra Mundial não seria só na Europa, em recado aos EUA

País afirma que Ocidente está “pedindo por confusão” ao considerar os pedidos do presidente ucraniano de usar armas de aliados contra o território russo

Em um recado aos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que uma eventual Terceira Guerra Mundial não se restringiria à Europa, e que o Ocidente está “brincando com fogo” ao escalar a guerra da Ucrânia.

Segundo o ministro, o Ocidente está “pedindo por confusão” ao considerar os pedidos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de usar armas de aliados estrangeiros contra o território russo.

“Os americanos associam inequivocamente as conversas sobre a Terceira Guerra Mundial como algo que, Deus nos livre, se acontecer, afetará exclusivamente a Europa”, disse.

No mesmo discurso, Lavrov voltou a mencionar que a Rússia pode usar armas nucleares em casos em que a existência do país esteja sob ameaça, reforçando uma posição do país assumida desde 2020.

Atualmente, a Ucrânia está conduzindo ataques na região russa de Kursk, com o objetivo declarado de criar uma zona de proteção para evitar futuros ataques da Rússia através da fronteira.

A operação, que começou no dia 6 de agosto, já resultou na tomada de controle de mais de 80 vilarejos em uma área de aproximadamente 1.150 km². Essa ação é considerada a maior invasão em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

Nos últimos dias, o presidente ucraniano Zelensky tem enfatizado a importância de que os aliados autorizem o uso de armas contra a Rússia. Atualmente, a Ucrânia só tem permissão de seus parceiros para utilizar armas estrangeiras exclusivamente na defesa de seu território.

“Por enquanto, não podemos usar todas as armas à nossa disposição e eliminar os terroristas russos onde eles estão. Bases militares russas, campos de aviação, logística e outras instalações militares são alvos legítimos para nossas forças de defesa”, afirmou, adicionando que a operação em Kursk comprova que as ameaças de retaliação da Rússia são apenas blefes.