Vice-governador de São Paulo assumiria o Palácio dos Bandeirantes
O vice-governador de São Paulo Rodrigo Garcia afirmou a aliados que vai deixar a Secretaria de Governo, cargo que acumulava junto com a cadeira de vice.
A decisão ocorre em meio a crise estancada na manhã desta quinta-feira, quando o governador João Doria desistiu de deixar o cargo para se candidatar à Presidência.
A renúncia de Doria
Apesar de não ter anunciado oficialmente sua desistência à candidatura presidencial, os aliados de João Doria já confirmaram que o tucano não participará da competição e vai permanecer no cargo de governador de São Paulo.
O vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), foi informado sobre a possível decisão de Doria permanecer no comando do governo de São Paulo, o que o deixou bastante contrariado.
Caso a desistência de Doria seja oficializada, a decisão coloca em xeque a viabilidade da candidatura de Garcia ao Palácio dos Bandeirantes, visto que assumir o governo é peça fundamental da estratégia da candidatura do vice. O revés também significaria o descumprimento de um acordo político feito entre os dois políticos.
A renúncia do governador estava prevista para acontecer nesta quinta-feira (31), em encontro com prefeitos após o leilão de concessão dos parques Água Branca, Villa-Lobos e Cândido Portinari. Nesta manhã, porém, Doria cancelou as agendas da manhã e manteve apenas o encontro com prefeitos.
Ainda segundo essa liderança, a manhã desta quinta-feira é de intensa troca de mensagens, ligações e reuniões entre tucanos e aliados em São Paulo, que estão confusos e tentam entender o novo cenário.
Madrugada intensa
Membros do União Brasil que ainda se mantinham como entusiastas da candidatura de Doria dentro do partido passaram a madrugada em reuniões e tratativas para tentar reverter ao menos a desistência de Doria de renunciar ao governo paulista. Uma liderança do partido em São Paulo próxima a Rodrigo Garcia afirma que o vice-governador não está confortável em não assumir o governo do Estado.