Segundo o mandatário russo, essa arma nuclear fará os inimigos da Rússia “pensarem duas vezes” antes de atacar o país
Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou nesta quarta-feira (20) o primeiro teste completo do novo míssil intercontinental, o RS-28 Sarmat, conhecido na Otan(Organização do Tratado do Atlântico Norte) como Satã-2. Este é o armamento mais poderoso do mundo.
O teste de hoje do Sarmat, o mais novo míssil balístico intercontinental da Rússia. A data foi cuidadosamente escolhida pelo Putin em um momento em que os russos estão distribuindo ameaças nucleares p/todos os lados (os últimos ameaçados foram a Suécia e a Finlândia). pic.twitter.com/mBCBXYtaHz
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) April 20, 2022
Segundo o mandatário russo, essa arma nuclear fará os inimigos da Rússia “pensarem duas vezes” antes de atacar o país.
“Essa arma verdadeiramente única vai aumentar o potencial de combate das nossas Forças Armadas, garantindo de forma confiável a segurança da Rússia contra ameaças externas, e fará aqueles que, no calor da retórica agressiva, tentam ameaçar nosso país pensem duas vezes”, disse Putin em conversa com o Ministério da Defesa.
O míssil foi projetado para substituir o Voevoda ICBM da era soviética, conhecido pela designação da OTAN SS-18 Satan. Além disso, ele foi construído para enganar os sistemas de defesa antimísseis, podendo transportar várias ogivas.
Guerra na Ucrânia
Apesar do míssil russo preocupar não só a Ucrânia como todo o resto do mundo, não é a primeira vez que Putin tem utilizado de testes de armas nucleares para ameaçar seus inimigos.
Cinco dias antes do início da guerra, em 24 de fevereiro, o líder russo testou suas forças nucleares e disparou mísseis hipersônicos, balísticos intermediários e um RS-24 Iars, modelo intercontinental que já está em operação, de um submarino no Ártico.
Já no dia em que o conflito começou, ele ameaçou forças estrangeiras que interviessem no confronto com retaliação nuclear. E, logo depois do início da guerra, Putin deixou as forças nucleares de prontidão, gerando alarme no Ocidente.