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Privatização da Sabesp: Tarcísio deve enviar plano à Alesp em outubro

Privatização da Sabesp: Tarcísio deve enviar plano à Alesp em outubro

O governador de São Paulo se reuniu, nos últimos dias, com 375 prefeitos para esclarecer a privatização, e frisou que não haverá aumento nas taxas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve enviar à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em outubro, o projeto de lei que visa a privatização da Sabesp.

A minuta do que deve se tornar o projeto já está com o governador, segundo informações da CNN Brasil. O documento, ainda de acordo com as informações, autoriza a privatização e contém medidas solicitadas por prefeitos, como a inclusão da cobrança da taxa de lixo na mesma conta da Sabesp. A empresa é, atualmente, a maior estatal do governo de São Paulo.

O governo precisará de maioria simples na Alesp para aprovar o projeto; isto é, 94 votos favoráveis dos deputados estaduais. Nas últimas semanas, Tarcísio realizou conversas com 375 prefeitos do estado, nas quais argumentou em favor da privatização, tendo como principais pontos a redução da tarifa e a universalização de serviços.

Ainda sem previsão exata do percentual de redução da tarifa, argumenta-se que haverá queda de até 6%. Nas conversas com prefeitos, o governador tentou frisar que não haveria aumento no valor do serviço com a privatização.

Esse tem sido um dos principais argumentos da oposição. Em agosto, o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), atual deputado federal mais votado no estado, disse que “se ocorrer, a privatização vai encarecer o custo da conta de água da população de todas as cidades atendidas pela Sabesp, não só da capital”.

Atualmente, a Sabesp é uma empresa de capital aberto, com 50,3% das ações pertencentes ao governo de São Paulo. O restante das ações é negociado nas bolsas de valores B3 de São Paulo e na Bolsa de Nova York.

Logo após assumir seu mandato, Tarcísio de Freitas informou que poderia concluir a venda da Sabesp até 2024, em modelo similar ao da Eletrobras, ou seja, de diluição das ações da companhia na Bolsa de Valores com perda de controle do estado. O governo de São Paulo formula a contratação de quatro bancos, dois nacionais e dois internacionais, para fazer a modelagem da venda da estatal.