Metódo consiste na administração de medicamentos com a finalidade de conter impulsos sexuais
Presidente do Peru, José Pedro Castillo Terrones, durante encontro com o presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, em Porto Velho, capital de Rondônia
O presidente do Peru, Pedro Catillo, afirmou nesta segunda-feira (18) que seu governo irá propor a castração química, entre outras medidas drásticas, como punição para aqueles que cometerem violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres no país, segundo o portal Infobae. O metódo consiste na administração de medicamentos com a finalidade de conter impulsos sexuais.
Recentemente, o caso de um homem que estuprou uma criança de três anos, conhecido como “Monstro de Chiclayo”, chocou o país e levantou o debate sobre políticas públicas de prevenção e erradicação da violência sexual.
“Mão dura e medidas mais severas contra os depravados e degenerados que destroem a vida de famílias inocentes, crianças e jovens”, afirmou Castillo. “Apelo ao Judiciário e ao Ministério Público para que agilizem as condenações nesse tipo de caso.”
Desde o anúncio do governo peruano de propor a castração química, vários especialistas contestaram a eficácia da medida no combate à violência sexual. Uma delas é a advogada adjunta das crianças e adolescentes do Provedor de Justiça, Matilde Cobeña. Para ela, a proposta é ineficiente, uma vez que, mesmo com penas máximas no Peru, os índices de violência no país não diminuíram.
“Temos prisão perpétua como pena. Isso deteve os agressores?”, questionou Matilde.
Por sua vez, o ex-ministro da Saúde, Alberto Tejada, ponderou ainda que, para aplicar essa medida, seria necessário fazê-lo de forma mensal, trimestral ou semestral. Dessa forma, seria possível reduzir os níveis de testosterona e libido do indivíduo de forma progressiva e permanente.