Pequim afirma que quer liderar diálogo para fim da guerra na Ucrânia, mas EUA acusam país asiático de fornecer armas ao Exército russo
Os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, conversam durante cúpula de líderes regionais no Uzbequistão, em 15 de setembro de 2022
O presidente da China, Xi Jinping , desembarcou em Moscou nesta segunda-feira (20) para uma série de reuniões com o presidente russo Vladimir Putin , informou a mídia estatal russa TASS .
Desde o início da guerra na Ucrânia, essa é primeira vez que o líder chinês visita seu vizinho e parceiro estratégico.
Segundo o Kremlin, Xi Jinping discutirá com Putin uma “cooperação estratégica” entre os dois países.
“Durante as negociações, serão discutidas questões atuais de maior desenvolvimento de relações de parceria abrangentes e cooperação estratégica entre a Rússia e a China”, disse em comunicado.
“Também está prevista uma troca de opiniões no contexto do aprofundamento da cooperação russo-chinesa na arena internacional”, acrescentou o Kremlin. “Vários documentos bilaterais importantes serão assinados”.
Visita em meio a tensão com o Ocidente
O encontro dos líderes ocorre em meio a um momento em que a China tenta se apresentar como um mediador de paz neutro na Ucrânia, no entanto, o Ocidente enxerga o esforço com ceticismo já que o governo chinês tem ampliado a parceria com Moscou.
A China se recusa a condenar o ataque da Rússia à Ucrânia. O país também chegou a culpar o avanço da Otan por provocar o conflito.
Além disso, Pequim chegou a fornecer apoio diplomático a Moscou, enquanto expandia os laços comerciais e militares.
Há uma crescente preocupação das autoridades ocidentais em relação a China estar considerando fornecer assistência militar letal à Rússia, mas a acusação é negada por Pequim.