Juliana Rangel foi atingida quando se deslocava para a ceia de Natal
A jovem de 26 anos baleada na cabeça na véspera de Natal na Baixada Fluminense demorou para ser socorrida pelos policiais , segundo a mãe da vítima, de 26 anos. Juliana Rangel se deslocava para uma ceia de Natal em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, quando foi atingida.
“Eles não socorreram ela. Quando eu olhei, eles estavam deitados no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘Não vão socorrer não?’”, contou Dayse Rangel, mãe de Juliana, ao g1.
A família dela estava na BR-040, em Duque de Caxias, e se deslocava para a ceia de Natal , que aconteceria em Itaipu, Niterói. Eles, então, foram surpreendidos pelos disparos, feitos por três policiais rodoviários federais.
A mulher relatou que, quando viu os agentes, a família chegou a abrir passagem para o carro, mas eles só atiraram.
“A gente até falou assim: “vamos dar passagem para a polícia”. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha”.
Nessa quarta (25), a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ordenou o afastamento dos agentes envolvidos na ação . Em comunicado, a PRF lamentou o episódio e afirmou que os policiais foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.
“Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, diz a nota.
Os agentes envolvidos na ação tiveram suas armas confiscadas e já prestaram depoimento, assim com os familiares de Juliana. Além disso, a Polícia Federal realizou perícia no local e instaurou inquérito para apurar os fatos.