Operação da Polícia Civil contra companhia no RJ prendeu um suspeito e apreendeu mercadorias
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) realizou uma operação contra uma empresa que comercializou carnes que ficaram submersas na enchente de Porto Alegre, em abril de 2024. Na chamada “ Operação Carna Fraca “, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no município de Três Rios(região Centro-Sul do estado).
Quatro pessoas foram presas em flagrante pelos agentes da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), que cumpriram também oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados à empresa “Tem Di Tudo Salvados”.
A operação Carne Fraca ainda realiza diligências na sede operacional da empresa para fiscalizar estoques e área administrativa e arrecadar mercadorias impróprias ao consumo.
Carne imprópria para consumo
De acordo com as investigações da Polícia Civil, que contaram com o apoio da Decon do Rio Grande do Sul, no período de maio a junho do ano passado, os sócios da empresa adquiriram 800 toneladas de carne bovina estragada, que ficou submersa por muitos dias em Porto Alegre. Aproveitando-se da tragédia climática que assolou o estado gaúcho, eles alegavam que a intenção era a fabricação de ração animal.
O grupo vendeu a carne para outras empresas, obtendo lucro de mais de 1.000% e colocando em risco consumidores de todo o Brasil.
Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.
Descoberta
Todo o trabalho de investigação começou em um acaso no Rio Grande do Sul: uma das empresas que compraram a carne deteriorada foi justamente o frigorífico que vendeu o produto para a Tem Di Tudo. A empresa reconheceu e identificou a carne descartada pela numeração do lote na etiqueta da embalagem.
Agora a polícia tenta localizar as outras empresas que compraram a carne sem saber que era um produto impróprio para o consumo.