Parlamentar de Goiás disse ter enviado suprimento ao acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília
A Polícia Federal estuda pedir a prisão do deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) por suspeita de ter financiado e enviado suprimentos aos golpistas que atacaram os Três Poderes no dia 8 de janeiro. Se confirmado, o pedido deve ser enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, Ribeiro admitiu ter enviado dinheiro e alimentos aos golpistas acampados no Quartel-General do Exército, em Brasília. A fala dele foi transmitida na TV Alego e nas redes sociais da Casa.
“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou.
A fala de Amauri Ribeiro foi em defesa da soltura do Coronel Benito Franco, ex-chefe das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), em Goiás. Ele foi preso em abril, durante uma das fases da Operação Lesa Pátria.
Franco deixou a prisão na última quarta-feira (7), um dia depois em que Amauri assumiu a participação nos ataques em Brasília. Após a repercussão, ele recuou e negou ter financiado os atos antidemocráticos.