Os dois candidatos oscilaram positivamente um ponto em relação ao último levantamento feito pela empresa
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece na liderança das eleições para a Presidência, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. O candidato do PT tem 45% das intenções de voto, segundo o instituto, e poderia vencer a eleição no primeiro turno. O presidente Jair Bolsonaro, do PL, tem 33% da preferência do eleitor. Tanto Lula quanto Bolsonaro oscilaram positivamente um ponto em relação à última pesquisa e estão separados por 12 pontos percentuais.
Os números reforçam um cenário de estabilidade para o início da campanha eleitoral, com alta polarização entre os eleitores de Lula e de Bolsonaro. Na terceira posição, estão Ciro Gomes (PDT), com 6%, empatado tecnicamente com Simone Tebet (MDB), com 3%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No segundo turno, Lula permanece com vantagem sobre Bolsonaro, segundo a Genial/Quaest. De acordo com a pesquisa, o petista tem 51% dos votos enquanto o presidente tem 38%. Lula se manteve numericamente igual em relação ao último levantamento do instituto, enquanto Bolsonaro oscilou positivamente um ponto dentro da margem de erro.
O presidente vem avançando gradualmente desde junho no cenário de segundo turno. Há dois meses, Bolsonaro tinha 32% das intenções de voto, um avanço de seis pontos em dois meses. Outros 7% dos eleitores dizem que irão votar em nulo ou em branco, enquanto 4% afirmam estar indecisos.
Bolsonaro ainda não colhe os frutos de melhora da avaliação
A pesquisa indica que o eleitor aprovou as medidas adotadas nos últimos meses pelo governo federal, o que se reflete na redução da reprovação ao governo Bolsonaro. Essa mudança de ânimo em relação à Administração Federal, entretanto, ainda não vem se revertendo em uma mudança em relação à rejeição pessoal que a maior parte dos eleitores sente em relação ao presidente.
Em julho, 47% dos eleitores avaliavam o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo, número que caiu para 43% no início de agosto e agora oscilou negativamente mais dois pontos, para 41%. Entretanto, quando questionados sobre se votariam ou não no presidente, 55% diz que não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum, mesmo número do levantamento anterior e quatro pontos a menos do que em julho.
Bolsonaro também ainda não colheu os frutos de uma de suas principais medidas: o aumento do valor do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600. Segundo a Genial/Quaest, após o início dos pagamentos, no último dia 9, a intenção de voto no ex-presidente Lula cresceu, de 52% para 57% entre os beneficiários, enquanto a do presidente Bolsonaro oscilou negativamente um ponto, indo de 29% para 27%.
A Quaest ouviu 2000 eleitores entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro da pesquisa é dois pontos percentuais para mais ou para menos e um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01167/2022.