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Netanyahu admite “erro trágico” em ataque que matou 45 refugiados

Netanyahu admite “erro trágico” em ataque que matou 45 refugiados

O ataque do governo israelense ocorreu no domingo (26). Há informações de que crianças, mulheres e idosas foram feridas e não resistiram

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu nesta segunda-feira (27) que houve um “erro trágico” ao atacar um acampamento de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza. Cerca de 45 pessoas morreram durante o ataque, segundo informações do Ministério da Saúde da região.

O ataque do governo israelense ocorreu no domingo (26). Há informações de que crianças, mulheres e idosas foram feridas e não resistiram. Algumas vítimas morreram carbonizadas. Israel afirmou que isso pode ter acontecido por conta de um incêndio no acampamento em decorrência do bombardeio.

“Apesar dos nossos máximos esforços para não ferir civis inocentes, na noite passada, houve um erro trágico. Nós estamos investigando o incidente e vamos obter uma conclusão, pois essa é a nossa postura”, declarou Netanyahu em discurso feito ao parlamento de Israel.

Por conta dos ataques de Israel em Rafah, parte da população resolveu se mudar e viver em acampamentos. Além das dezenas de mortes, também houve pessoas feridas após as explosões.

Inicialmente, o governo israelense declarou que o bombardeio ocorreu em um local administrado pelo grupo terrorista Hamas. Na avaliação de Israel, os ataques eram “legítimos sob as leis internacionais”. O país também afirmou que dois líderes da organização haviam morrido.

Porém, o primeiro-ministro mudou o discurso. Avi Hyman, porta-voz do governo, explicou para a imprensa que uma investigação será feita para que mais detalhes sejam divulgados.

Na semana passada, a Corte Internacional de Justiça, tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas), determinou que Israel parasse todas as operações militares em Rafah. Também foi ordenado que o governo israelense autorizasse a entrada de ajuda humanitária pela fronteira entre o sul de Gaza e o Egito.

No entanto, Israel afirmou que os argumentos usados pela corte eram “falsos, ultrajantes e nojentos”. Também negou que as operações militares visam “destruir a população palestina civil em Rafah”.