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‘Mulheres morrem no Irã por mostrar os cabelos’, diz refugiada que deixou o país para fugir da repressão

‘Mulheres morrem no Irã por mostrar os cabelos’, diz refugiada que deixou o país para fugir da repressão

As irmãs iranianas Mahsima e Mah Mooni Nadim falaram em podcast sobre a opressão na sociedade islâmica

As irmãs Mahsima e Mah Mooni Nadim, que deixaram o Irã em 2012 para fugir da repressão, abordaram em um podcast os conflitos no país e a violência contra as mulheres pelo regime islâmico. Mahsima revelou que mulheres são mortas por simples atos de expressão pessoal, como mostrar o cabelo ou partes do corpo.

Mashima afirmou ter sido pessoalmente alvo de agressões policiais devido a tais motivos. “Eles matam mulheres no Irã simplesmente por mostrarem o cabelo. Em pleno século 21, mulheres jovens de apenas 22 anos perdem a vida. Não podemos nos calar”, disse Mahsima, referindo-se ao recente caso de Mahsa Amini, uma jovem iraniana de 22 anos que morreu após ser detida pela polícia de promoção da virtude e combate ao vício.

Durante o episódio, Mahsima demonstrou seu protesto cortando seu próprio cabelo. “Vou cortar este cabelo simplesmente para mostrar que ele não vale nada, ao contrário da vida de uma jovem de 22 anos”, disse enquanto realizava o ato de resistência.

Há mais de uma década, Mahsima fugiu do Irã para escapar da opressão que as mulheres enfrentam no país. Ela é refugiada no Brasil, onde trabalha dançarina e maquiadora.