Nova plataforma visa aproximar empreendedores e investidores com um portfólio plural e constantemente oxigenado pelo Poder público
O setor turístico já dá sinais de retomada em meio ao avanço do esquema vacinal e serve como contexto para uma das ações mais ambiciosas do Ministério do Turismo, a criação do Portal de Investimentos , uma ferramenta que além de se apresentar como uma vitrine das potencialidades brasileiras, também é um marketplace que reúne Poder público, empreendedores e investidores.
A pasta observa que há potencial reprimido de mercado, já que a taxa de investimentos no turismo está em 2,6%, ou seja, abaixo da média latino-americana (4,5%). Estatística reforçada pela taxa de crescimento em exportações de serviços turísticos no Brasil (10,6%), que foi superior à média da América Latina em 2018 (6,1%).
Ao iG , a secretária nacional de Atração de Investimentos, Parcerias e Concessões do Ministério do Turismo, Débora Gonçalves, disse que o portal almeja ser um “matchmaker” entre o empreendedor e o empresário. Isso serve para um hotel, resort, museu, restaurante, etc.
“Ele é um local em que você consegue visualizar todos os projetos nacionais de turismo em um único ambiente, o que dá grande força a ele. Essa característica é fundamental para que consigamos atrair os mais variados investimentos no Brasil”, pontua observando que o Brasil é um “país vertical e que os investimentos não concorrem”.
A plataforma ostenta até mesmo o guia do investidor , para orientar interessados em explorar a cadeia produtiva brasileira do turismo.
Tudo está disposto de maneira a facilitar a navegação do investidor que poderá filtrar o conteúdo do portal de acordo com seus interesses e prioridades. Nessa espiral, Gonçalves sublinha que “o turismo de natureza é a bola da vez”. “O ambiente aberto vai ser muito mais procurado do que já foi no passado”, observa em referência a hábitos ensejados pela pandemia. “O Brasil tem seis biomas, tem litoral, há uma ampla gama de opções”.
O Ministério do Turismo acredita que a Lei da Liberdade Econômica (Lei 13.874) que busca desburocratizar processos e fortalecer instrumentos contratuais ajude a pavimentar uma rede de investimentos, sejam eles estrangeiros ou não, no setor.