Presidente argentino afirmou que Israel não cometeu excessos no conflito na Faixa de Gaza
Em entrevista à CNN neste domingo (31), o presidente argentino Javier Milei fez críticas às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outros líderes da América Latina sobre a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
Questionado sobre sua visão a respeito da posição de Lula, do presidente chileno, Gabriel Boric, e do colombiano, Gustavo Petro, de que Israel estaria cometendo um genocídio em Gaza, Milei disse: “Não estou de acordo. Não estou de acordo. Me parece condenável que haja esse tipo de condenação.”
O mandatário argentino adicionou que os líderes citados são socialistas com “dois pesos e duas medidas”.
“Se as ditaduras são socialistas, está tudo bem. A ditadura é ruim. Sejam de direita, de esquerda, do que você quiser. De cima, de baixo, é ruim. Para eles não, se os ditadores forem eles, está tudo bem”, afirmou Milei.
“A esquerda nas suas diferentes versões é o cancro da humanidade”, ressaltou o mandatário argentino. “Sem dúvida, os piores presidentes da América Latina por escândalo são os que têm a ver com a ditadura da Venezuela, com o comunismo que Petro quer promover na Colômbia, com o que a Nicarágua tem ou com o que Cuba tem”, acrescentou.
Milei defende Israel e diz que estado judaico ‘não comete excessos’
Na mesma entrevista, Milei defendeu Israel, a quem chamou de ‘grande aliado da Argentina’ e ressaltou que o governo de Benjamin Netanyahu não comete ‘um único excesso’ na guerra na Faixa de Gaza.
“Israel, tudo o que está a fazer, faz dentro das regras do jogo”, afirmou o presidente argentino.
Relembre a fala polêmica de Lula
Em fevereiro, o mandatário brasileiro declarou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio” e fez referência às ações do ditador nazista Adolf Hitler contra o povo judeu.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.
As falas do presidente tiveram grande repercussão nacional e internacional, tanto que Lula chegou a ser declarado ‘persona non grata’ pelo governo israelense.