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Mauro Cid disse ter testemunhado propostas de golpe após eleições

Mauro Cid disse ter testemunhado propostas de golpe após eleições

Segundo coronel, aliados chegaram a procurar Bolsonaro para uma suposta ‘virada de jogo’

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou a interlocutores ter testemunhado propostas de um suposto golpe de Estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O militar foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (3) em uma operação que apura suspeita de fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro, da filha e de assessores.

De acordo com informações repassadas por Mauro Cid e divulgadas pela jornalista Andréia Sadi , o ex-presidente da República foi procurado por aliados de extrema-direita para que tentasse reverter o resultado das eleições com diversas propostas que atentavam ao Estado Democrático de Direito. 

Ainda de acordo com o militar, um dos aliados que propôs um possível golpe é um ex-ministro de Bolsonaro. Já o outro citado por Cid, é ex-deputado federal Daniel Silveira - ele também já foi mencionado por Marcos do Val.

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro diz que o então chefe do Executivo estava sendo pressionado para que “virasse o jogo” , assinando 142 e, até, que adotasse um golpe para conseguir prender todos os ministros do STF, como Alexandre de Moraes, por exemplo.

Após isso, o ex-presidente, então, convocaria novas eleições no país e ordenaria que o voto fosse impresso. Segundo o relato de Cid, Bolsonaro não chegou a comentar nada, apenas ouvia as propostas dos aliados.

Entenda a operação 

A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (3) uma operação contra uma quadrilha acusada de fraudar cartões de vacina para adicionar o imunizante da Covid-19 nos documentos. Segundo a PF, os investigados teriam entrado no sistema do Ministério da Saúde para adulterar as carteiras de vacinação.

Ao todo, os policiais cumpriam 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva nas cidades do Rio de Janeiro e Brasília. Entre os alvos está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve seu celular apreendido pelos investigadores.

O tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso durante a operação. A esposa de Cid e assessores do ex-presidente também foram alvos da PF.