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Lula propõe que militância pressione parlamentares e familiares

Lula propõe que militância pressione parlamentares e familiares

Segundo ex-presidente, ato público em Brasília não surte tanto efeito e por isso é preciso mudar forma de pressionar deputados e senadores

O  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu na última segunda-feira, em encontro na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que em vez de ir a Brasília fazer atos públicos, os trabalhadores e movimentos sindicais deveriam “mapear” o endereço de cada deputado e comparecer em sua porta, com um grupo de 50 pessoas, para “incomodar” a sua “tranquilidade”.

A fala ocorreu após o ex-presidente defender a importância da eleição à  Câmara e ao Senado para a aprovação de uma “contrarreforma” no país. Segundo ele, será preciso ensinar a sociedade a cobrar os deputados e também mudar o jeito de exercer pressão, já que “fazer ato público na frente do Congresso Nacional não move uma pestana de um deputado”.

De acordo com Lula, quando se está dentro do Plenário da Câmara, não é possível saber o que está acontecendo do lado de fora, na área externa:

“Agora, é engraçado que a gente não aprendeu, com o movimento que a gente tem, a fazer pressão na cidade onde as pessoas moram. Os deputados têm casa. Eles moram numa cidade. Nessa cidade tem sindicalista, professor, metalúrgico, bancário, pedreiro, tem quase todas as profissões que estão representadas aqui” discursou o petista. “Se a gente pegasse e mapeasse o endereço de cada deputado e fosse 50 pessoas na cada do deputado, não para xingar, para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho, incomodar a tranquilidade dele, eu acho que surte muito mais efeito do que a gente vir fazer a manifestação em Brasília.”

No evento, onde recebeu a plataforma da CUT para as eleições de 2022, Lula também disse que, caso eleito para comandar o país em outubro, pretende tirar quase 8 mil militares que ocupam cargos comissionados. O petista revelou ainda que prevê uma “eleição complicada” contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que está tão tão otimista agora quando em 2002, quando foi eleito pela primeira vez.