Ministro da Fazenda recebeu apoio interno de Lula
Em meio a debates sobre as metas fiscais do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), emergiu como figura central ao manter sua posição firme em busca do déficit zero em 2024 .
A decisão, respaldada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai de encontro aos anseios de membros influentes do partido, como Gleisi Hoffmann (PT-PR), Rui Costa (PT-BA) e Alexandre Padilha (PT-SP), que advogavam pela reavaliação do déficit para 0,5%.
Haddad, ao apresentar seus argumentos a Lula, enfatizou que modificar a previsão do déficit poderia transmitir a sensação de falta de comprometimento do governo com a responsabilidade fiscal.
Ainda assim, deixou claro que, se houver uma mudança em março, o mercado financeiro poderá entender, desde que perceba um esforço genuíno em direção ao déficit zero.
O respaldo de Haddad não se limitou apenas à esfera econômica. O ministro recebeu apoio significativo dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente.
Essa aliança de apoio foi importante para Lula, que, por razões mais políticas do que econômicas, decidiu manter a meta do déficit zero.
Na visão do presidente, essa decisão é, acima de tudo, um voto de confiança em Lira, Pacheco e no próprio Haddad, a quem Lula deseja transformar em seu sucessor.
Contudo, a concordância de Lula veio com uma condição crucial: Haddad se comprometeu a evitar cortes que prejudiquem programas sociais essenciais, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. O ministro ressaltou que nunca teve a intenção de alterar esses programas sociais fundamentais para a população.
Agora, Haddad enfrenta o desafio de manter sua posição e habilidade política, ciente de que não conta com apoio irrestrito dentro do PT.
O sucesso de seu plano será determinante para sua permanência em alta com Lula e para consolidar suas aspirações políticas em um horizonte futuro.