Petista apelou para que empresários sérios não entrem no “arranjo esquisito”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (16) o modelo de privatização da Eletrobras aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por seis votos a um. No Twitter, Lula disse esperar que empresários sérios não entrem no “arranjo esquisito” apresentado pelo governo federal.
“Eu espero que os empresários sérios que querem investir no setor elétrico brasileiro não embarquem nesse arranjo esquisito que os vendilhões da pátria do governo atual estão preparando para a Eletrobras, uma empresa estratégica para o Brasil, meses antes da eleição”, escreveu Lula.
A ideia é que o processo de venda da estatal seja finalizado até maio deste ano, mas, se depender do pré-candidato to PT, será desfeita a partir de 2023. Segundo o jornalista Thomas Traumann, do Poder360, a ideia é que, caso não consiga impedir o Leilão, Lula acionará a Justiça para rever valores e condições.
Próximos passos
No total, o governo calculou em R$ 67 bilhões os valores relacionados à privatização da Eletrobras. Desse valor, R$ 25,3 bilhões serão pagos pela Eletrobras ao Tesouro Nacional pelas outorgas das usinas hidrelétricas que terão os seus contratos alterados.
Serão destinados ainda R$ 32 bilhões para aliviar as contas de luz a partir do próximo ano, por meio de fundos do setor elétrico, a Conta de Desenvolvimento Energética (CDE).
Outros R$ 2,9 bilhões serão destinados para bancar a compra de combustíveis para a geração de energia na região Norte no país, onde algumas cidades não são ligadas ao sistema nacional de energia.
Mais críticas
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a aprovação do TCU à 1ª fase da privatização da Eletrobras é um “crime de lesa-pátria”.
“Seria importante a gente dizer que nós não vamos deixar isso assim. E que esses que estão se preparando para fazer negociatas com a Eletrobras, que tenham clareza no que estão se metendo. Nós queremos rever as coisas que vão fazer com essas empresas que são estratégicas para o desenvolvimento brasileiro”, disse.