Partido quer a pasta do Turismo. Elmar Nascimento, líder do União Brasil, falou sobre o tema
O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), disse nesta terça-feira (13) que o partido não forçará o governo Lula a trocar o chefe do Ministério do Turismo. O deputado federal é a favor que haja negociação entre as duas partes para que ocorra um fortalecimento da estrutura da pasta para atender as demandas dos parlamentares.
O posicionamento de Elmar ocorreu depois de ter participado de uma reunião dos deputados da legenda. Os parlamentares debateram quais ações deveriam tomar em relação a futura saída de Daniela Carneiro do ministério. O União Brasil quer a nomeação do deputado Celso Sabino (PA).
“O timing é do presidente Lula, nós não vamos botar a faca no pescoço de ninguém, não vamos exigir nada de ninguém. O governo sabe qual é o momento mais adequado até porque eu entendo que eles precisam primeiro, se quiserem, resolver a situação com a ministra Daniela, é o mais correto. Até porque ela apoiou o presidente Lula, sempre foi correta com o governo, não dá para passar por cima dela, tratar de indicação, de nomeação e de qualquer ministério sem primeiro resolver isso”, comentou.
Atualmente, o União Brasil tem os dois ministérios: Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações). Quando foi nomeada, Daniela Carneiro era do partido, mas ela pediu a desfiliação em abril para se transferir ao Republicanos.
Góes também não é visto como um representante da legenda. Não por acaso, o União Brasil tem uma alta taxa de infidelidade na Câmara em votações de muita importância para o governo federal.
Nas últimas semanas, lideranças do partido passaram a pressionar Lula para que ocorressem mudanças nos ministérios. Daniela se tornou o principal alvo. Na queda de braço, a agremiação venceu. A ministra será demitida nos próximos dias.
União Brasil não tem pressa
Após a reunião, Elmar falou que não esperava a demissão de Daniela nesta terça. “Nunca houve essa expectativa. Nós nunca tratamos disso. Tudo que saiu aí foi repercutido pela imprensa, eu não sei quem tem sido as fontes. Dentro da bancada nunca houve expectativa com prazo”.
“Quem tem legitimidade para escolher ministro, nomear ministro, demitir ministro, é o presidente Lula. Quando e se ele achar que deve, ele vai nos chamar. Há entre nós e o governo uma concordância de que a forma como foi concluída no início do mandato não foi mais adequada, porque não houve a legitimação da bancada”, concluiu.