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Jair Bolsonaro sabia de venda de joias, conclui Polícia Federal

Jair Bolsonaro sabia de venda de joias, conclui Polícia Federal

O conjunto de joias foi presenteado a Bolsonaro em sua visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019

A Polícia Federal vai incluir no relatório final do inquérito das joias provas que revelam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento das operações ilegais de venda e recompra nos Estados Unidos dos acessórios de luxo que ele recebeu quando era mandatário.

As provas mostram que Bolsonaro foi informado sobre a operação e deu aval positivo para que ela acontecesse. As informações são da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

O caso será encerrado em breve e terá o ex-presidente indiciado, segundo o colunista Lauro Jardim. Depois disso, a Procuradoria-Geral da República deve analisar o material e decidir se denuncia Bolsonaro.

Últimas diligências

As investigações mais recentes foram concluídas em maio, nos Estados Unidos. Nessa etapa, os investigadores obtiveram imagens inéditas e conduziram entrevistas que confirmaram detalhes sobre a venda e recompra ilegais das joias que faziam parte do “kit ouro branco”.

Esse conjunto de joias foi presenteado a Bolsonaro em sua visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019, e inclui um anel, uma caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (“masbaha”), todos adornados com diamantes.

Joias sauditas

Em outubro de 2021, durante uma viagem à Arábia Saudita, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, trouxe para o governo Bolsonaro um kit de luxo da marca suíça Chopard.

Segundo a Polícia Federal, esses itens de alto valor não foram incluídos no acervo público e foram vendidos para beneficiar o ex-presidente.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro. A Polícia Federal solicitou essa medida durante as investigações sobre as joias, com Moraes indicando que há “fortes indícios de desvios de bens de alto valor patrimonial” relacionados às joias negociadas pelo círculo próximo do ex-presidente.