ONU classifica bombardeios em unidades de saúde e arredores como “injusto” e “repreensível”
As Forças de Defesa de Israel disseram neste sábado (11.nov.2023) que militares vão ajudar na retirada de bebês do Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, localizado na região norte, epicentro do conflito. A medida foi anunciada pelo porta-voz militar israelense, Daniel Hagari.
Antes, autoridades palestinas informaram que as pessoas estavam presas dentro da unidade de saúde e reportaram a presença de 45 bebês e a morte de 2 recém-nascidos.
À agência Reuters, o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidra, disse que os bombardeios israelenses não atingiram o hospital durante a noite de sábado (11.nov), mas estavam “aterrorizando autoridades médicas e civis”.
Sobre a retirada de bebês, Al-Qidra disse que o ministério não havia sido avisado. “Não fomos informados sobre nenhum mecanismo para levar os bebês para um hospital mais seguro. Estamos rezando pela sua segurança e para não perdermos mais deles”, declarou.
O chefe do escritório de assuntos humanitários da ONU (Organização das Nações Unidas), Martin Griffiths, disse não haver “nenhuma justificativa para atos de guerra em instalações de saúde, deixando-as sem energia, comida ou água, e disparando contra pacientes e civis”.
“Isso é injusto, repreensível e deve parar”, completou em post no Twitter, no sábado (11.nov). “Os hospitais devem ser locais de maior segurança e aqueles que deles necessitam devem confiar que são locais de abrigo e não de guerra”, disse.