Polícia acredita que crime possa se tratar de uma execução
Três médicos ortopedistas foram mortos a tiros em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5). Um quarto médico foi baleado e ficou ferido.
As vítimas são de São Paulo e estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional de ortopedia. A Polícia Civil acredita que o crime possa se tratar de uma execução, já que nada foi levado e os criminosos chegaram atirando.
Dentre os mortos, está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Das quatro vítimas, a única que sobreviveu foi Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, médico formado pela Faculdade de Medicina de Marília e especialista em cirurgia ortopédica. Ele levou ao menos três tiros e foi encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, de onde seria transferido para uma unidade particular.
Quem eram os médicos mortos a tiros no RJ
Diego Ralf Bomfim: o irmão de Sâmia Bomfim tinha 35 anos e era especialista em Reconstrução Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Após ser transferido ao Hospital Lourenço Jorge, não resistiu aos ferimentos.
Marcos de Andrade Corsato: aos 62 anos, era médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Marcos não resistiu e morreu na hora.
Perseu Ribeiro Almeida: aos 33 anos, o médico era especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Perseu tinha feito aniversário na última terça-feira (3), e morreu na hora após ser baleado.
Os quatro médicos médicos estavam no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, onde ocorre o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.
Durante a noite, foram para um quiosque na praia. Às 0h59 desta quinta-feira, um carro branco parou em frente ao local e três homens vestidos de preto e armados com pistolas desceram do veículo e abriram fogo à queima-roupa.
Após mais de 20 disparos, um dos assassinos chegou a retornar para dar mais tiros em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque. Agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) efetuaram buscas no local, mas ninguém foi preso até o momento.