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Hugo Motta se preocupa com reação do governo após queda do IOF

Hugo Motta se preocupa com reação do governo após queda do IOF

Deputado esperava enfrentamento após votação, mas viu tom ameno de Haddad e Jaques Wagner

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta(Republicanos) demonstrou surpresa com a resposta do governo federal à derrubada da cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo Congresso Nacional.

De acordo com interlocutores ouvidos pelo iG, o parlamentar esperava uma reação mais incisiva por parte das lideranças governistas, especialmente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad(PT), e do senador Jaques Wagner(PT), mas se deparou com discursos considerados amenos.

Aliados do deputado afirmam que ele interpretou as manifestações como uma ameaça velada.

A avaliação no entorno de Motta é que, caso o governo não recorra ao STF(Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a decisão, poderá retaliar com propostas de cortes orçamentários que atinjam diretamente o Congresso.

Até o momento, não há definição sobre qual caminho o Executivo pretende seguir. A equipe econômica aguarda uma decisão final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nos bastidores, integrantes do governo relatam que Hugo Motta tem apresentado comportamento apreensivo, levantando hipóteses e suposições que não se confirmaram até agora.

“Está vendo fantasma em todo lugar” , disse um interlocutor do Planalto ao Portal iG. “O confronto ocorrerá na narrativa, mas não vamos agir como o governo passado, criando um clima total de guerra”.

Outro ponto de desconforto para Motta tem sido as comparações com Arthur Lira(PP), ex-presidente da Câmara dos Deputados. Segundo aliados, o deputado não vê a associação como positiva e busca construir um estilo próprio de atuação.

Neste momento, ainda não está claro como ele pretende reestruturar suas relações com os partidos de esquerda na Câmara. Conselheiros próximos sugeriram que ele evite se aproximar do campo bolsonarista.

Alcolumbre está calmo

A postura contrasta com a adotada por Davi Alcolumbre(União Brasil), presidente do Senado.

Alcolumbre tratou a derrubada do imposto com naturalidade e não demonstrou preocupação com a possibilidade de o Executivo judicializar o tema.

O senador também aguarda um telefonema do presidente Lula para discutir o realinhamento da articulação política. A expectativa é de que, mesmo diante das divergências recentes, o canal de diálogo seja mantido entre o Palácio do Planalto e o Senado.