Ministro da Fazenda afirmou que pretende incluir a reforma tributária entre as medidas prioritárias do governo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (17) que a nova âncora fiscal do Brasil deve ser entregue ao Congresso Nacional até abril. A proposta já está em discussão entre a equipe econômica e é uma cobrança do mercado financeiro para segurar os gastos.
Em conversa com jornalistas em Davos, na Suíça, Haddad criticou a herança financeira deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro ainda disse que estou algo estrutural para segurar as contas públicas.
“Recebemos uma herança delicada do governo anterior. Foi uma irresponsabilidade o que foi feito durante a eleição, medidas tomadas sem nenhum amparo técnico, mas não podemos pensar apenas em reverter. Se apenas revertemos, vamos nos debruçar no que estava se passando, baixo crescimento, concentração de renda”, disse.
Na estruturação do arcabouço fiscal, Haddad pretende englobar a reforma tributária, que está em discussão no Congresso Nacional. Para ele, a medida é necessária para dar sustentabilidade a economia brasileira.
“Você tem de ter as contas arrumadas, mas para você desenvolver o País, você precisa de uma política proativa de mapear as oportunidades”, disse.
Nesta terça, Haddad deve se encontrar com economistas e analistas do mercado financeiro em um evento promovido pelo Itaú. Na reunião, o ministro da Fazenda tentará mostrar que a política do governo está atrelada a responsabilidade fiscal.
Mais cedo, Fernando Haddad se encontrou com o presidente da consultoria política Eurasia, Ian Bremmer, e com o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Al-Fahli. O petista ressaltou o interesse dos sauditas em investir no Brasil, seja por meio de parcerias público-privadas (PPP) ou programa de concessões.