Medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta (17), mas já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino
O governo Lula (PT) estendeu a permanência da Força Nacional no Rio de Janeiro até janeiro de 2024. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17).
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), já havia anunciado a manutenção das Forças no Rio, cuja confirmação oficial apresenta a data de 31 de janeiro como limite, podendo ser revista ou ampliada ao fim, “para atuar nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”, conforme diz a portaria.
O efetivo com 550 agentes (300 da Força Nacional e 250 da Polícia Rodoviária Federal) está no estado desde outubro, mas atua somente no patrulhamento de rodovias federais. O reforço foi solicitado pelo governador Cláudio Castro (PL) em resposta a uma investigação da Polícia Civil que identificou o treinamento armado de traficantes no complexo da Maré, zona norte da cidade.
Além da prorrogação da presença da Força Nacional, o presidente Lula anunciou, no início de novembro, outras medidas para enfrentar a crise na segurança pública do Rio de Janeiro.
Uma delas foi um decreto assinado para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) específica em portos e aeroportos do estado e de São Paulo. Militares da Marinha e da Aeronáutica serão empregados nos portos do Rio, Itaguaí (RJ) e Santos (SP), bem como nos aeroportos do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP), com o intuito de combater o crime organizado. A inclusão do aeroporto e porto paulistas se deve ao fato de serem as principais portas de entrada de passageiros e cargas no país.
Também no início de novembro, o ministro Dino se reuniu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para debater formas de promover uma asfixia financeira do crime organizado no Rio, através do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Detalhes da conversa não foram divulgados.