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Ex-diretora da Americanas chega ao Brasil após ter prisão revogada

Ex-diretora da Americanas chega ao Brasil após ter prisão revogada

Anna Christina Ramos Saicalli retornou ao Brasil na manhã desta segunda-feira vinda de Portugal

Investigada por participação em um esquema de fraude bilionária, a ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicalli retornou ao Brasil na manhã desta segunda-feira (1º). Ela havia deixado o país em 15 de junho, viajando para Lisboa, em Portugal, e apresentou-se às autoridades portuguesas no domingo antes de embarcar de volta ao Brasil.

O voo de Anna pousou com uma hora de atraso no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 6h30. Acompanhada por membros da Polícia Federal (PF), foi conduzida para fora da aeronave, sendo que os demais passageiros só puderam desembarcar após sua saída, conforme relatos de passageiros do voo ao GLOBO. Ao chegar no Terminal 3 de Guarulhos, ela foi levada para a Delegacia Especial do Aeroporto Internacional de São Paulo da PF.

Anna deixou o local por uma saída lateral exclusiva da Polícia Federal, sem interagir com os demais passageiros ou conceder entrevistas aos jornalistas. Ela é uma das principais figuras alvo da Operação Disclosure, realizada na última quinta-feira, que investiga executivos da varejista envolvidos em um esquema que ocultou um rombo de R$ 25,7 bilhões no balanço da empresa.

Segundo decisão do juiz Marcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Anna Saicalli está proibida de deixar o país enquanto as investigações estiverem em curso. Ela foi incluída na lista de foragidos da Interpol e retornou ao Brasil para responder às acusações.

A operação

Além dos mandados de prisão, a PF cumpriu buscas e apreensões em 15 endereços ligados aos ex-diretores da varejista no Rio de Janeiro.

Após ser preso nessa sexta-feira (28), Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, foi solto neste sábado (29) na Espanha, mas deverá permanecer em Madri e entregar o passaporte. Ele havia sido detido após operação da PF.

Antes da prisão de Gutierrez, os dois eram considerados foragidos, visto que ambos não se apresentaram à PF e não se encontram no Brasil. Eles foram incluídos na lista Difusão Vermelha da Interpol, que serve para divulgar ordens de prisão de indivíduos no exterior.

Outros investigados são: Anna Christina Soteto, Carlos Eduardo Padilha, Fabien Picavet, Fabio Abrate, Jean Pierre Ferreira, João Guerra Duarte Neto, José Timotheo de Barros, Luiz Augusto Henriques, Marcio Cruz Meirelles, Maria Chirstina Do Nascimento, Murilo dos Santos Correa e Raoni Lapagesse Franco.

A corporação investiga crimes de: Manipulação de Mercado, Uso de Informação Privilegiada, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.