Autoridades norte-americanas disseram que armamento não será usado para atacar os russos, apenas como defesa e para pressioná-los pelo fim da guerra
Nesta quarta-feira (1º), as forças russas intensificaram os ataques a uma cidade fabril em um esforço para tomar uma parte do leste da Ucrânia. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos anunciaram que vão enviar foguetes de tecnologia avançada a Kiev para ajudar a pressionar Moscou a negociar o fim do conflito.
De acordo com a Ucrânia, as forças russas estão atacando a infraestrutura nas regiões leste e sul, incluindo a cidade industrial de Sievierodonetsk, que se tornou o principal foco da ofensiva de Moscou nos últimos dias.
O presidente dos EUA, Joe Biden , disse que o país vai fornecer sistemas de foguetes de precisão e munições que podem atingir alvos russos a uma longa distância. Um novo pacote de armas de 700 milhões de dólares deve ser anunciado ainda hoje.
“Agimos rapidamente para enviar à Ucrânia uma quantidade significativa de armamento e munição para que ela possa lutar no campo de batalha e estar na posição mais forte possível na mesa de negociações”, escreveu Biden em um artigo no jornal New York Times .
Entre os novos suprimentos estão drones e mísseis antiaéreos, como M142 High Mobility Artillery Rocket System (HIMARS), que Kiev afirmou ser “crucial” para combater ataques de mísseis russos.
A Rússia, por outro lado, disse que o pacote de ajuda dos EUA é “extremamente negativo”, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.
Ao serem questionadas se o envio de armamento poderia fazer com os EUA entrassem diretamente na guerra, autoridades norte-americanas disseram que a Ucrânia garantiu que os mísseis não serão usados para atacar o território russo, apenas como defesa.
“Esses sistemas serão usados pelos ucranianos para repelir os avanços russos em território ucraniano, mas não serão usados em alvos em território russo”, informou uma autoridade dos EUA.
Após o anúncio dos EUA, o Ministério da Defesa russo afirmou que o país estava realizando exercícios na província de Ivanovo, a nordeste de Moscou, de acordo com a agência de notícias Interfax, com cerca de 1.000 militares em manobras intensas.