Ação contra milícia apoiada por Irã é reação a ataques no Iraque
Os Estados Unidos realizaram nesta sexta-feira (26) o primeiro ataque aéreo do governo de Joe Biden na Síria e atingiram diversas bases e equipamentos de milícias apoiadas pelo Irã.
Segundo o Observatório Nacional para os Direitos Humanos na Síria , ao menos 22 milicianos foram mortos na região de Dayr ar-Zawr, área fronteiriça entre o território sírio e o iraquiano. Ainda conforme a organização, essa é uma zona em que há anos o Irã estabeleceu sua influência apoiando milícias iraquianas em uma extensa área que vai do Iraque até a Síria e o Líbano.
Em nota oficial, o Pentágono afirmou que o ataque “manda uma mensagem inequívoca” de que o governo Biden “agirá para proteger os funcionários norte-americanos e da coalizão”, referindo-se aos três recentes lançamentos de foguetes contra a Embaixada e uma base militar do país em Bagdá e Irbil, respectivamente. “Ao mesmo tempo, nós agimos de maneira deliberada para a desaceleração da situação complexa seja na Síria oriental como no Iraque”, ressaltou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
O representante explicou que o governo norte-americano “está convicto” de que a ação atingiu a “milícia xiita que conduziu os ataques” contra os EUA no Iraque e que as bombas destruíram várias estruturas localizadas em diversos pontos de controle na fronteira usadas por uma série de grupos militares apoiados pelo Irã, entre eles, o Kata’ib Hezbollah e o Kata’ib Sayyid al-Shuhada.
Os ataques ocorrem em um período que Biden se manifestou favorável a uma retomada de negociações para o país voltar ao acordo nuclear com o Irã, em um pacto que une os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha.