Para a entidade, Brasil assume maior protagonismo no crescimento da tecnologia fotovoltaica em toda a América Latina
São Paulo - A fonte solar fotovoltaica liderou o crescimento da capacidade instalada de energias renováveis no mundo em 2019, com o acréscimo de 115 gigawatts, representando um crescimento anual de 22,5%. Os dados são do relatório internacional Renewables Global Status Report, de autoria da REN21. Para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), que contribuiu com a revisão técnica dos dados brasileiros, o Brasil assume maior protagonismo no crescimento da tecnologia fotovoltaica, com uma adição de 2,1 gigawatts (GW) em 2019, atingindo uma potência acumulada de 4,5 GW e investimentos que ultrapassaram R$ 24 bilhões ao final daquele ano. Os dados brasileiros incluem as usinas solares de grande porte e os sistemas distribuídos de pequeno e médio portes, em telhados e fachadas de edifícios e em pequenos terrenos.
O novo estudo, divulgado globalmente hoje, revelou que a capacidade instalada global das energias renováveis cresceu mais de 200 GW em 2019, liderada pela fonte solar fotovoltaica, que representou 57,5% desse montante, seguida da fonte eólica, com 60 GW e 30% de participação, e a fonte hidrelétrica, com 18 GW e 8% de participação.
O aumento observado em 2019 foi 12% maior em comparação ao ano de 2018, atingindo uma capacidade instalada acumulada de 627 GW, segundo o relatório. O Brasil liderou o crescimento da energia solar fotovoltaica na América Latina, adicionando 2,1 GW no ano, seguido por Argentina e México. “O crescimento da energia solar fotovoltaica em 2019 bateu novo recorde e foi o maior de toda a série histórica. Isso demonstra o enorme potencial da tecnologia na expansão renovável, diversificação e descarbonização das matrizes elétricas ao redor do mundo, especialmente no Brasil, país com um imenso recurso solar”, destaca o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
No cenário internacional, a China manteve a liderança mundial no avanço das energias renováveis na matriz elétrica. Somando as fontes solar, eólica, biomassa e hídrica, a China, atingiu 789 GW de capacidade instalada acumulada, seguida pelos Estados Unidos, com 282 GW. O Brasil ficou em terceiro lugar no ranking mundial, com 144 GW em capacidade instalada total. Completando o top 5, aparecem a Índia, com 137 GW e a Alemanha, com 124 GW.
Segundo a ABSOLAR, em 2019 foram adicionados 650 MW em usinas solares fotovoltaicas de grande porte. Os Leilões de Energia Nova, realizados pelo Governo Federal, tiveram a solar fotovoltaica como a fonte mais competitiva, registrando preços médios de US$ 17,62 (R$ 67,48) e US$ 20,33 (R$ 84,39) por MWh nos leilões A-4 e A-6, respectivamente.
Os sistemas solares de pequeno e médio portes de geração distribuída, por outro lado, foram os que mais cresceram no ano, adicionando 1,4 GW. “A energia solar na geração distribuída tem sido, nos últimos anos, uma forte locomotiva de crescimento econômico ao Brasil, com muitos investimentos e empregos gerados, além da grande contribuição para tornar a sociedade cada vez mais sustentável e competitiva”, ressalta o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.
“A solar fotovoltaica foi a fonte com a maior taxa de crescimento na matriz elétrica brasileira em 2019, atingindo um aumento de 88%, contra 7% da eólica e 5% da hidrelétrica. Também foi a segunda fonte com maior capacidade instalada adicionada na matriz elétrica no ano, com 2,1 GW, ficando atrás apenas da hidrelétrica, com adição de 4,9 GW”, conclui Koloszuk.
Sobre a ABSOLAR
Fundada em 2013, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) congrega empresas e profissionais de toda a cadeia produtiva do setor solar fotovoltaico com atuação no Brasil, tanto nas áreas de geração distribuída quanto de geração centralizada. A ABSOLAR coordena, representa e defende o desenvolvimento do setor e do mercado de energia solar fotovoltaica no Brasil, promovendo e divulgando a utilização desta energia limpa, renovável e sustentável no País e representando o setor fotovoltaico brasileiro internacionalmente.